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29/10/2004 - 18h17

Bovespa acumula perdas em outubro após 4 meses de ganhos

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A Bovespa interrompeu a seqüência de quatro meses de ganhos e acumulou pequena queda de 0,83% em outubro. Nesta sexta-feira, o principal índice paulista subiu apenas 0,54%, aos 23.052 pontos, mas foi insuficiente para fazer a Bolsa encerrar o mês no azul.

Em outubro, as ações deram uma pausa na trajetória de valorização, refletindo as dúvidas dos investidores sobre os estragos que a economia brasileira sofrerá com a escalada do petróleo, com o desaquecimento da China e com a alta da taxa básica de juros.

O mercado global evitou correr muitos riscos neste mês, pois espera o resultado da eleição presidencial americana, que ocorre no próximo dia 2. O presidente republicano George W. Bush segue na dianteira nas principais pesquisas, mas a vantagem tem caído com a ofensiva do democrata John Kerry.

Neste mês, a safra de balanços trimestrais começou em clima de otimismo com lucros turbinados pela retomada do consumo interno e da performance recorde das exportações. A recuperação das ações das mineradoras e siderúrgicas perdeu força nesta semana devido ao receio de que a China reduza as compras de aço e minério do Brasil, após o aumento dos juros no país asiático anunciado ontem (28).

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de subir os juros pelo segundo mês consecutivo, em uma dose maior (0,50 ponto percentual), acima do esperado pelos bancos, também travou a Bovespa em outubro. Mas as ações dos bancos levaram vantagem, pois os analistas avaliaram que eles vão elevar seus lucros com títulos públicos pós-fixados e maiores taxas de empréstimos.

A dois meses para o fim de 2004, não se espera no pregão uma disparada dos preços das ações que permita que o Ibovespa bater o seu recorde histórico (24.349 pontos), atingido em janeiro. No ano passado, o índice acumulou um ganho expressivo de 97,3%. Como os principais "boatos do bem" já se confirmaram, como o início do esperado "espetáculo do crescimento" e a melhora do "rating" (nota) do Brasil, os operadores da Bolsa estão sem pretextos positivos para especular uma alta forte das ações.

Às vésperas da eleição americana, o reaparecimento do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, em fita de vídeo divulgada hoje, pode "ressuscitar" o temor de atentados, elevando a aversão do investidor ao risco.

Mas os mercados emergentes, como o Brasil, podem ser favorecidos se a alta dos juros americanos fosse interrompida em novembro pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA). Hoje foi divulgado que o PIB americano anualizado subiu 3,7% no terceiro trimestre, abaixo do esperado. Mas a preocupação com a inflação ainda está presente, o que desautoriza uma aposta em uma manutenção do juro.

Grendene

Nesta sexta-feira, a Bolsa recebeu mais uma empresa com a estréia da ação da Grendene, que disparou 12,09%, cotada a R$ 34,75, com 2.228 negócios e giro de R$ 84,866 milhões. Foi o segundo papel mais negociado, atrás apenas de Petrobras PN.

A onda de abertura de capital começou em maio com a estréia de Natura Cosméticos. Gol Linhas Aéreas e CPFL Energia também lançaram ações pela primeira vez.

A próxima a ser listada no pregão é a Diagnósticos da América --dona dos laboratórios Delboni Auriemo, Lavoisier, Elkis e Furlanetto-- no dia 18 de novembro, seguida pela Porto Seguro no dia 22. A exportadora de maçãs Renar Maçãs também já pediu registro para debutar na Bolsa paulista

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