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05/11/2004 - 13h23

Vigor do emprego nos EUA reforça aposta em alta do juro em dezembro

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O juro americano vai subir pela quarta vez consecutiva na reunião do Fed (Federal Reserve) na próxima quarta-feira (10). Esse é o consenso do mercado financeiro. Hoje também cresceu a aposta de uma alta em dezembro, após ser divulgado que a criação de empregos cresceu no mês passado bem acima do esperado. A recuperação do mercado de trabalho é um sinal importante da forte retomada da maior economia do mundo. O juro mais elevado serve para esfriar o ritmo de crescimento, a fim de inibir inflação.

Na reunião do Fed deste mês, a taxa deve passar de 1,75% para 2%. A trajetória ascendente do juro começou no fim de junho, quando subiu de 1% (menor nível desde 1958) para 1,25%. Foi a primeira alta em quatro anos. Após o estouro da "bolha da internet" no início da década e os atentados do 11 de Setembro, o juro era mantido em patamar bastante baixo para evitar uma grave recessão nos EUA.

Ao contrário do que ocorre no Brasil, onde o juro é reavaliado mensalmente pelo Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central), a autoridade monetária americana não se reúne todo mês. Além de junho, o juro subiu em 0,25 ponto percentual em agosto e setembro. Não houve reuniões do Fed em julho e outubro. Em dezembro, a decisão sobre a taxa será divulgada no dia 14.

A possibilidade de uma alta do juro em dezembro era minoritária no mercado no mês passado. Em sondagem feita em outubro pela agência americana de notícias financeiras "Bloomberg", só seis (entre eles, Goldman Sachs e JP Morgan) de 22 bancos ouvidos falavam em aumento da taxa americana no último mês do ano.

O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou hoje que foram criados 337 mil postos de trabalho no mês passado --maior número em sete meses. As novas vagas na construção civil, devido à recuperação de imóveis atingidos por furacões, impulsionaram o indicador ("nonfarm payrolls", folha de pagamento do setor não-agrícola, em inglês). Mesmo assim, o dado superou as previsões mais otimistas (200 mil vagas).

Mas houve um dado negativo no relatório: a taxa de desemprego teve leve alta, de 5,4% para 5,5% da população economicamente ativa. Isso dá 8,1 milhões de desempregados. Para se ter idéia, só a Grande São Paulo tem quase 1,9 milhão.

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