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30/11/2004
-
14h19
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília
O crescimento da economia brasileira de 6,1% no terceiro trimestre deste ano foi comemorado hoje pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que afirmou ver nos números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) um sinal de que o país entrou em um período de crescimento sustentável, em um 'ciclo virtuoso'.
O ministro, que convocou a imprensa para comentar os dados do PIB (Produto Interno Bruto) anunciados hoje pelo IBGE, disse que o resultado mostra que as políticas econômica e fiscal do governo estão no caminho certo e não devem mudar.
'Os motivos que fazem com que nós possamos dizer que o Brasil iniciou um ciclo longo de crescimento é a combinação que o país conseguiu de três elementos fundamentais: um comportamento fiscal muito consistente, o controle da inflação e contas externas bastante fortes', disse o ministro.
Palocci destacou que, entre os componentes do PIB, o investimento vem crescendo a taxas maiores que o consumo das famílias. No terceiro trimestre de 2004, em relação ao mesmo trimestre de 2003, o consumo das famílias registrou crescimento de 5,7%. Já a formação bruta de capital fixo cresceu 20,1%, a maior taxa desde 1995.
Ele também disse que o governo não quer repetir os "erros do passado", como relaxar a política econômica, e reafirmou a meta de superávit primário de 4,25% do PIB para 2005. Palocci citou o projeto piloto em estudo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para retirar investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões das contas do superávit primário, mas disse que isso não representa mudança nas metas fiscais.
'O investimento evolui bem acima da evolução da renda, o que caracteriza um período de crescimento sustentável. Podemos dizer definitivamente que o crescimento nesse momento se dá com características de ciclo virtuoso', disse o ministro. 'Não há mágica no processo. Não há nenhuma característica exótica no processo de crescimento', afirmou.
Segundo Palocci, outro destaque é que a queda na força das exportações se deve ao aumento da demanda no mercado doméstico. 'Tanto o consumo das famílias como o investimento vêm com muita força, em particular o investimento', disse o ministro.
Distribuição de renda
Palocci disse que o crescimento da economia veio acompanhado da recuperação do emprego. Segundo ele, mesmo a queda na renda média do trabalhador se deve ao aumento do emprego na área da construção civil, que apresenta salários menores. 'Essa queda não se deu porque o salário caiu, se deu porque cresceu muito (...) na construção civil, e ela tem um salário médio menor', afirmou.
O ministro disse que o desafio agora são a distribuição de renda e as reformas microeconômicas, para melhoria do ambiente de negócios e atração de investimentos. Para isso, ele espera a aprovação no Congresso da nova Lei de Falências e das mudanças nos projetos das agências reguladoras e de defesa da concorrência, além das medidas já anunciadas para o microcrédito.
'Com isso, estamos construindo um processo que responda ao desafio de crescer incluindo as pessoas', disse Palocci.
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O ministro, que convocou a imprensa para comentar os dados do PIB (Produto Interno Bruto) anunciados hoje pelo IBGE, disse que o resultado mostra que as políticas econômica e fiscal do governo estão no caminho certo e não devem mudar.
'Os motivos que fazem com que nós possamos dizer que o Brasil iniciou um ciclo longo de crescimento é a combinação que o país conseguiu de três elementos fundamentais: um comportamento fiscal muito consistente, o controle da inflação e contas externas bastante fortes', disse o ministro.
Palocci destacou que, entre os componentes do PIB, o investimento vem crescendo a taxas maiores que o consumo das famílias. No terceiro trimestre de 2004, em relação ao mesmo trimestre de 2003, o consumo das famílias registrou crescimento de 5,7%. Já a formação bruta de capital fixo cresceu 20,1%, a maior taxa desde 1995.
Ele também disse que o governo não quer repetir os "erros do passado", como relaxar a política econômica, e reafirmou a meta de superávit primário de 4,25% do PIB para 2005. Palocci citou o projeto piloto em estudo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para retirar investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões das contas do superávit primário, mas disse que isso não representa mudança nas metas fiscais.
'O investimento evolui bem acima da evolução da renda, o que caracteriza um período de crescimento sustentável. Podemos dizer definitivamente que o crescimento nesse momento se dá com características de ciclo virtuoso', disse o ministro. 'Não há mágica no processo. Não há nenhuma característica exótica no processo de crescimento', afirmou.
Segundo Palocci, outro destaque é que a queda na força das exportações se deve ao aumento da demanda no mercado doméstico. 'Tanto o consumo das famílias como o investimento vêm com muita força, em particular o investimento', disse o ministro.
Distribuição de renda
Palocci disse que o crescimento da economia veio acompanhado da recuperação do emprego. Segundo ele, mesmo a queda na renda média do trabalhador se deve ao aumento do emprego na área da construção civil, que apresenta salários menores. 'Essa queda não se deu porque o salário caiu, se deu porque cresceu muito (...) na construção civil, e ela tem um salário médio menor', afirmou.
O ministro disse que o desafio agora são a distribuição de renda e as reformas microeconômicas, para melhoria do ambiente de negócios e atração de investimentos. Para isso, ele espera a aprovação no Congresso da nova Lei de Falências e das mudanças nos projetos das agências reguladoras e de defesa da concorrência, além das medidas já anunciadas para o microcrédito.
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