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14/01/2005 - 14h37

Brasil acumula inflação de 136% desde início do Plano Real

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A inflação acumulada no Brasil nos últimos dez anos atingiu 136%, divulgou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nesse período, a economia brasileira enfrentou diversos choques --o último foi em 2002 com as turbulências eleitorais, quando o dólar explodiu e provocou reajustes generalizados dos produtos acima de 20%.

O cálculo do IBGE abrange a variação dos preços entre 1995 e 2004. No ano passado, a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 7,60%. O instituto excluiu 1994 por considerar que parte de sua inflação refletiu fatores anteriores ao Plano Real, lançado em julho daquele ano.



O IBGE detectou que o expressivo aumento de preços em 2002, quando o dólar encostou em R$ 4, foi perdendo força ao longo de 2003, primeiro ano do governo Lula. Hoje, o dólar já não exerce mais tanta influência negativa no cálculo do índice oficial de inflação do país.

"A alta [do dólar em 2002] atingiu primeiro os alimentos. Depois foi se diluindo e atingindo outros preços", lembra a gerente da Coordenação de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Ela explica que, no ano passado, a queda do dólar foi essencial para segurar a inflação.

"A influência [da queda do dólar] se fez presente nos produtos em geral e principalmente nos alimentos em razão da boa safra de produtos agrícolas."

Dos 512 itens que compõem o IPCA, a maioria (281) registrou aumentos de até 10% no ano passado. Segundo a técnica, a análise dos últimos anos aponta que os preços mantêm reajustes concentrados e persistentes na faixa de até 20%, motivados basicamente por aumento de custos.

Para a economista, o comportamento dos preços foi melhor em 2004 do que em 2003 porque houve um maior número de itens com baixos reajustes e até mesmo com quedas de preços, tais como arroz (-17,14%) e farinha de mandioca (-20,19%).

O IBGE aponta pressões sobre o índice de janeiro decorrentes do reajuste de tarifas públicas em duas capitais: no Rio (conta de luz) e em Fortaleza (conta de água e esgoto e passagem de ônibus).

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