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03/03/2005 - 18h36

Argentina tem adesão de 76,07% dos credores na renegociação da dívida

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EDUARDO CUCOLO
da Folha Online

A Argentina conseguiu sair da moratória com a adesão de 76,07% dos credores na renegociação de sua dívida (o equivalente a US$ 62,2 bilhões), informou agora à noite o governo de Nestor Kirchner. Para o presidente argentino, a troca teve a "máxima aceitação" do mercado financeiro.

A dívida argentina em moratória desde 2001 é estimada em cerca de US$ 82 bilhões. O mercado internacional de títulos previa uma adesão de 75% dos credores.

A expectativa é que o "sucesso" da operação reabra as linhas de crédito internacional para ajudar na recuperação da economia do país.

"Os mercados aceitaram de uma maneira muito clara a proposta feita pelo governo argentino", disse hoje o ministro da Economia Roberto Lavagna.

O ministro afirmou que a dívida pública do país caiu para US$ 125 bilhões com a troca, o equivalente 72% do PIB (Produto Interno Bruto). Em dezembro do ano passado, a dívida havia chegado a US$ 191 bilhões (113% do PIB argentino no período).

O governo argentino efetuou, entre os dias 14 de janeiro e 25 do mês passado, uma troca de títulos em moratória por outros papéis, só que com um deságio (desconto) de até 75%, se considerados os juros não-pagos no período de calote. Ou seja, para cada US$ 100 de dívida, o credor receberá até US$ 25 --mas ao menos receberá, diz o governo.



Na Argentina, a expectativa dos empresários é que a renegociação reabra as linhas de crédito para o país, para que haja novos investimentos em expansão de produção e para até mesmo voltar a ter participação nos mercados mundiais de capitais.

Crescimento

A economia da Argentina vem retomando sua trajetória de crescimento. O governo estima uma expansão de 8% neste ano. No ano passado a Argentina cresceu 8,8%, registrando seu segundo ano consecutivo de crescimento.

Em dezembro de 2001, a Argentina mergulhou na crise, depois de anos de recessão, e declarou a moratória de sua dívida. No auge da crise, o governo congelou contas bancárias e desvalorizou o peso, erodindo as poupanças, o que gerou protestos nas ruas e conflitos da população com a polícia.

Com agências internacionais

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