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31/03/2005
-
09h45
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A taxa de investimento na economia brasileira chegou a 19,6% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país) em 2004. Esta é a maior taxa desde 1998, quando atingiu 19,7%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os investimentos agregaram R$ 346,2 bilhões ao PIB no ano passado. A taxa de investimentos reflete a compra de máquinas e equipamentos destinados à ampliação do parque industrial e também para a construção civil.
Segundo a gerente de Contas Nacionais Trimestrais, Rebeca Palis, esse movimento é resultado direto do aumento da taxa de poupança. Em 2004, a taxa de poupança atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1991, e chegou a 23,2% do PIB. "Para investir é necessário ter poupança. Ela foi usada para aumentar o investimento no país e para quitar dívidas no exterior", disse.
O avanço da poupança bruta foi causado pelo crescimento maior da renda disponível bruta em relação ao consumo final, que engloba tanto o consumo das famílias como o consumo do governo. A contribuição para o PIB da poupança bruta foi de R$ 409,952 bilhões.
A diferença entre a poupança bruta, os investimentos e o saldo de transferências enviadas e recebidas para o restante do planeta resultou numa capacidade de financiamento de R$ 35,6 bilhões, o maior valor desde o início da série histórica, em 1991.
Desde o início da série, o país só havia registrado um valor positivo para a capacidade de financiamento duas vezes: em 1992 (R$ 16 bilhões) e em 2003 (R$ 11,19 bilhões).
Segundo o gerente de Contas Nacionais do IBGE, Carlos Sobral, o principal destino desta capacidade de financiamento foi o pagamento e amortização de dívidas em razão da taxa de câmbio favorável. "Os agentes econômicos, governo e setor privado, aproveitaram para quitar dívidas", disse.
O exemplo desse esforço para colocar as contas em dia foi a redução da taxa de rolagem do setor privado, que passou de 115% para 65% de 2003 para 2004.
O crescimento das reservas internacionais mesmo sem aporte de recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional) também foi significativo: R$ 5,615 bilhões. Além de não adquirir novos recursos, o país aproveitou para amortizar uma parcela da dívida com o fundo. Em 2003, o crescimento foi mais positivo, de R$ 26,377 bilhões, motivado pela captação de recursos com o FMI.
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A taxa de investimento na economia brasileira chegou a 19,6% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país) em 2004. Esta é a maior taxa desde 1998, quando atingiu 19,7%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os investimentos agregaram R$ 346,2 bilhões ao PIB no ano passado. A taxa de investimentos reflete a compra de máquinas e equipamentos destinados à ampliação do parque industrial e também para a construção civil.
Segundo a gerente de Contas Nacionais Trimestrais, Rebeca Palis, esse movimento é resultado direto do aumento da taxa de poupança. Em 2004, a taxa de poupança atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1991, e chegou a 23,2% do PIB. "Para investir é necessário ter poupança. Ela foi usada para aumentar o investimento no país e para quitar dívidas no exterior", disse.
O avanço da poupança bruta foi causado pelo crescimento maior da renda disponível bruta em relação ao consumo final, que engloba tanto o consumo das famílias como o consumo do governo. A contribuição para o PIB da poupança bruta foi de R$ 409,952 bilhões.
A diferença entre a poupança bruta, os investimentos e o saldo de transferências enviadas e recebidas para o restante do planeta resultou numa capacidade de financiamento de R$ 35,6 bilhões, o maior valor desde o início da série histórica, em 1991.
Desde o início da série, o país só havia registrado um valor positivo para a capacidade de financiamento duas vezes: em 1992 (R$ 16 bilhões) e em 2003 (R$ 11,19 bilhões).
Segundo o gerente de Contas Nacionais do IBGE, Carlos Sobral, o principal destino desta capacidade de financiamento foi o pagamento e amortização de dívidas em razão da taxa de câmbio favorável. "Os agentes econômicos, governo e setor privado, aproveitaram para quitar dívidas", disse.
O exemplo desse esforço para colocar as contas em dia foi a redução da taxa de rolagem do setor privado, que passou de 115% para 65% de 2003 para 2004.
O crescimento das reservas internacionais mesmo sem aporte de recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional) também foi significativo: R$ 5,615 bilhões. Além de não adquirir novos recursos, o país aproveitou para amortizar uma parcela da dívida com o fundo. Em 2003, o crescimento foi mais positivo, de R$ 26,377 bilhões, motivado pela captação de recursos com o FMI.
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