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13/04/2005 - 13h03

PF indicia o banqueiro Daniel Dantas por formação de quadrilha

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

Após duas horas e meia de depoimento, a Polícia Federal no Rio de Janeiro decidiu indiciar hoje o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, por formação de quadrilha, corrupção ativa e divulgação de segredo. Na última segunda-feira, a presidente da Brasil Telecom (empresa que até ontem era controlada pelo Opportunity e opera telefonia fixa nos Estados do centro-sul), Carla Cico, havia sido indiciada pelos mesmos crimes.

Cico e Dantas são suspeitos pela contratação dos serviços da Kroll Associates para investigar a Telecom Italia, empresa que disputa com o Opportunity o controle da Brasil Telecom.

Publius Vergilius/FI
Daniel Dantas
Devido às denúncias de espionagem, a PF começou a investigar a responsabilidade da Kroll e dos executivos da Brasil Telecom em possíveis ações ilegais.

A investigação da Kroll teria atingido funcionários do primeiro escalão do governo, como o ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) e o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb. A Kroll teve acesso a e-mails do ministro antes de ele assumir a pasta. Já Casseb foi monitorado antes e depois de assumir o cargo.

Depoimento

Dantas prestou depoimento hoje na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele chegou pela manhã na PF, entrou pela entrada dos fundos e saiu sem falar com os jornalistas.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, Dantas negou todas as acusações.

A PF, no entanto, informou que 20 pessoas já foram indiciadas no "caso Kroll". Além de Dantas e Cico, 18 funcionários ou pessoas ligadas à Kroll estão sob suspeita.

A assessoria também informou que as investigações do caso continuam e que o inquérito será entregue ao Ministério Público até o final da próxima semana.

A Brasil Telecom foi criada em 1998, quando o governo FHC fatiou a Telebrás e vendeu a estatal para grupos privados por meio de leilões.

Outro lado

Após o depoimento de Dantas, seu advogado, Nélio Machado, afirmou que vai aguardar o relatório da PF para definir a estratégia da defesa.

'O indiciamento formal era esperado. Ocorreu, mas isso não quer dizer absolutamente nada.'

Assim como já havia dito na segunda-feira, quando Cico foi indiciada, Machado voltou a fazer críticas à condução das investigações e disse que "há inconsistência absoluta em relação à apuração".

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