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26/04/2005
-
14h01
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse hoje que cabe à sociedade "fazer pressão" contra as altas taxas de juros cobradas pelo sistema financeiro brasileiro.
Ele concordou com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem havia dito que a classe média precisava "levantar o traseiro" contra os juros.
Segundo vice-presidente, a sociedade não pode aceitar as altas taxas de juros cobradas pelos bancos. "Não vamos tabelar as taxas cobradas pelos bancos. Quem tem que se defender é quem paga."
Ele também defendeu uma campanha de orientação para evitar que a população aceite os juros altos. "As pessoas não sabem onde estão se metendo. (...) O cidadão precisa saber que essas taxas são um assalto."
O vice-presidente é um dos maiores críticos da política de juros do Banco Central. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica da economia brasileira (Selic) pelo oitavo mês seguido, para 19,5% ao ano, uma decisão que geralmente tem impacto também nos custos dos empréstimos tomados por consumidores e empresas.
Hoje, entretanto, Alencar concentrou suas críticas nos "spreads" bancários (ganho bruto dos bancos com empréstimos). "Quando o Copom baixa a Selic em 0,5 ponto percentual, o sistema bancário baixa em 0,5 ponto também. Mas 0,5 ponto de uma taxa de 150% ao ano não é o mesmo que uma redução de 0,5 ponto de uma taxa de 19%."
Apesar de defender uma ação da sociedade contra os juros altos, Alencar disse que é essencial que os devedores paguem suas dívidas. "A inadimplência abre espaço para que os bancos justifiquem essas taxas", afirmou.
Para o governo, os juros altos, segundo Alencar, fazem com que falte dinheiro para outras despesas importantes, como saúde, educação e aumento de salários dos servidores. "Estou me referindo à Selic, que 180 milhões de brasileiros pagam mesmo que nunca tenham tido acesso a um banco."
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O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, disse hoje que cabe à sociedade "fazer pressão" contra as altas taxas de juros cobradas pelo sistema financeiro brasileiro.
Ele concordou com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem havia dito que a classe média precisava "levantar o traseiro" contra os juros.
Segundo vice-presidente, a sociedade não pode aceitar as altas taxas de juros cobradas pelos bancos. "Não vamos tabelar as taxas cobradas pelos bancos. Quem tem que se defender é quem paga."
Ele também defendeu uma campanha de orientação para evitar que a população aceite os juros altos. "As pessoas não sabem onde estão se metendo. (...) O cidadão precisa saber que essas taxas são um assalto."
O vice-presidente é um dos maiores críticos da política de juros do Banco Central. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica da economia brasileira (Selic) pelo oitavo mês seguido, para 19,5% ao ano, uma decisão que geralmente tem impacto também nos custos dos empréstimos tomados por consumidores e empresas.
Hoje, entretanto, Alencar concentrou suas críticas nos "spreads" bancários (ganho bruto dos bancos com empréstimos). "Quando o Copom baixa a Selic em 0,5 ponto percentual, o sistema bancário baixa em 0,5 ponto também. Mas 0,5 ponto de uma taxa de 150% ao ano não é o mesmo que uma redução de 0,5 ponto de uma taxa de 19%."
Apesar de defender uma ação da sociedade contra os juros altos, Alencar disse que é essencial que os devedores paguem suas dívidas. "A inadimplência abre espaço para que os bancos justifiquem essas taxas", afirmou.
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