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28/04/2005
-
09h13
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Riscos de curto prazo e o aumento das expectativas de inflação para 2005, que continuam acima do objetivo perseguido pelo Banco Central, fizeram com que o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) elevasse na semana passada a taxa de juros.
Na última reunião do comitê, a taxa Selic foi elevada de 19,25% ao ano para 19,5% ao ano. Foi a oitava alta consecutiva.
"Dados os riscos de curto prazo e sua persistência nos últimos meses, o comitê avaliou que somente a perspectiva de manutenção da taxa de juros básica por um período suficientemente longo de tempo no nível estabelecido em sua reunião de março não proporcionaria condições adequadas para assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas", diz a ata da reunião, divulgada hoje.
Entre os "riscos de curto prazo", o BC cita a "persistência de focos localizados de pressão na inflação corrente e a deterioração no cenário externo, com os preços do petróleo em níveis elevados e a possibilidade de permanência de condições voláteis nos mercados internacionais de capitais".
Por esses motivos, a autoridade monetária deixa aberta a possiblidade de voltar a elevar os juros na reunião de maio e ressalta que continuará a "acompanhar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na estratégia da política monetária implementada desde setembro de 2004".
As previsões para a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), têm se mantido acima da meta perseguida pelo BC para 2005 (5,1%). Antes da reunião do Copom, as previsões do mercado apontavam para um IPCA de 6,10% neste ano.
O aumento das previsões de inflação para o ano está ligado, segundo o Copom, ao reajuste de alguns preços administrados maior que o esperado, como as tarifas de ônibus urbanos.
O comitê ressalta ainda que o menor ritmo de crescimento da economia e a queda dos preços industriais não foram suficientes para que as projeções de inflação do mercado recuassem para o objetivo.
"Conforme destacado nas notas das últimas reuniões do Copom, as expectativas para a inflação de 2005 foram pouco sensibilizadas, nos últimos meses, por desenvolvimentos favoráveis que poderiam contribuir para arrefecer as pressões inflacionários, tais como os sinais de desaceleração no ritmo do crescimento da economia, a queda na inflação dos produtos industriais no atacado, a reavaliação das expectativas de mercado para a trajetória da taxa de câmbio e a postura mais restritiva de política monetária."
Como nas atas de reuniões anteriores, o BC avisa que estará atento para adequar o ritmo e a magnitude do processo de ajuste caso o risco de inflação aumente.
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Leia o que já foi publicado sobre a ata do Copom
BC ainda vê risco e mantém possibilidade de elevar juro em maio
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da Folha Online, em Brasília
Riscos de curto prazo e o aumento das expectativas de inflação para 2005, que continuam acima do objetivo perseguido pelo Banco Central, fizeram com que o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) elevasse na semana passada a taxa de juros.
Na última reunião do comitê, a taxa Selic foi elevada de 19,25% ao ano para 19,5% ao ano. Foi a oitava alta consecutiva.
"Dados os riscos de curto prazo e sua persistência nos últimos meses, o comitê avaliou que somente a perspectiva de manutenção da taxa de juros básica por um período suficientemente longo de tempo no nível estabelecido em sua reunião de março não proporcionaria condições adequadas para assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas", diz a ata da reunião, divulgada hoje.
Entre os "riscos de curto prazo", o BC cita a "persistência de focos localizados de pressão na inflação corrente e a deterioração no cenário externo, com os preços do petróleo em níveis elevados e a possibilidade de permanência de condições voláteis nos mercados internacionais de capitais".
Por esses motivos, a autoridade monetária deixa aberta a possiblidade de voltar a elevar os juros na reunião de maio e ressalta que continuará a "acompanhar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na estratégia da política monetária implementada desde setembro de 2004".
As previsões para a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), têm se mantido acima da meta perseguida pelo BC para 2005 (5,1%). Antes da reunião do Copom, as previsões do mercado apontavam para um IPCA de 6,10% neste ano.
O aumento das previsões de inflação para o ano está ligado, segundo o Copom, ao reajuste de alguns preços administrados maior que o esperado, como as tarifas de ônibus urbanos.
O comitê ressalta ainda que o menor ritmo de crescimento da economia e a queda dos preços industriais não foram suficientes para que as projeções de inflação do mercado recuassem para o objetivo.
"Conforme destacado nas notas das últimas reuniões do Copom, as expectativas para a inflação de 2005 foram pouco sensibilizadas, nos últimos meses, por desenvolvimentos favoráveis que poderiam contribuir para arrefecer as pressões inflacionários, tais como os sinais de desaceleração no ritmo do crescimento da economia, a queda na inflação dos produtos industriais no atacado, a reavaliação das expectativas de mercado para a trajetória da taxa de câmbio e a postura mais restritiva de política monetária."
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