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28/04/2005 - 20h39

Para Palocci, "dança das cadeiras" não muda política monetária

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Antonio Palocci (Fazenda) defendeu hoje a condução da política monetária por parte do Banco Central e reafirmou a certeza de que o país está em um ciclo de crescimento duradouro.

Segundo ele, a reestruturação de sua equipe, anunciada nesta quinta-feira, e a mudança em uma das diretorias do BC não alteram a política econômica do governo. "Para mim é bastante claro que a política monetária está sendo bem conduzida", disse.

Para o ministro os efeitos dessa política aos poucos aparecem na economia. E que o BC "tomou a medida no tempo certo" quando iniciou o processo de ajuste das taxas de juros, em alta desde setembro do ano passado.

Hoje, a taxa básica de juros, a Selic, está em 19,5% ao ano. Segundo ele, naquele momento as pressões inflacionárias ainda não estavam claras. "Se debate muito o remédio e pouco a doença."

Ele lembrou ainda do papel da política econômica para que o Brasil saísse da crise que viveu no final de 2002. No primeiro ano do governo Lula, a inflação acumulada em 12 meses chegou a cerca de 17% em março, mas nos meses seguintes caiu. "Penso que a política econômica cumpriu um papel extremamente importante naquela crise."

O ministro aproveitou para rebater as críticas de que o BC seria muito conservador. "Em todos os países que eu visito as pessoas acham que o BC é conservador", disse.

Para ele, o Brasil está dentro da tendência mundial, que é trabalhar com metas de inflação e buscar dar autonomia para a autoridade monetária. Sobre as críticas sobre a atuação do Copom, ele disse que é democrático.

Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, sugeriu que se retire do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) o poder de decidir sozinho a taxa de juros.

"Eu penso que as próprias lideranças do Congresso Nacional entendem que essas alternativas estariam na contramão do que acontece no mundo todo", disse.

Palocci repetiu que para o país entrar em um ciclo de crescimento longo, é necessário o sucesso em três áreas: austeridade fiscal, controle da inflação e contas externas positivas. "Tenho certeza que o Brasil vai crescer no longo prazo."

Sobre os pedidos para mais liberação de verbas, o ministro falou que isso depende da arrecadação. "As receitas públicas estão disponibilizadas no tamanho que existem", concluiu.
 

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