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14/07/2005 - 12h13

Receita deve demorar seis meses para autuar Daslu

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O valor da conta a pagar pela Daslu pela suposta sonegação de impostos deverá levar pelo menos seis meses para ser conhecido. Especialistas na área tributária disseram que uma operação desse porte é complexa e qualquer ação precipitada pode ser prejudicial para a investigação e para os cofres públicos.

Primeiramente, os fiscais da Receita terão de analisar todos os documentos apreendidos ontem na sede da Daslu, localizada às margens do rio Pinheiros. Depois disso, se constatada a sonegação fiscal, a Receita irá autuar a loja, o que deve demorar seis meses.

Só depois disso a equipe de defesa da Daslu irá se preocupar com o tamanho da conta a pagar pela possível sonegação fiscal.

O advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira disse que a estratégia de defesa só poderá ser tomada a partir da autuação fiscal.

"Primeiro vamos examinar o que é que está sendo cobrado. A partir daí, pode-se pagar o que é cobrado ou então contestar o valor."

A Receita informou que as empresas que são acusadas de sonegar impostos recebem incentivos para regularizar seus compromissos, como a possibilidade de parcelamento da dívida.

A empresária Eliana Tranchesi, 49, dona da Daslu, prestou depoimento por dez horas ontem para a Polícia Federal, em São Paulo. Ela é suspeita de sonegação fiscal, formação de quadrilha, contrabando, falsidade ideológica e crime contra a ordem tributária.

O procurador da República Matheus Baraldi Magnani chegou a dizer que o total sonegado havia passado da casa dos "milhões de reais".

Mas a Receita Federal ainda não apurou o montante exato do possível valor sonegado pela Daslu.

Justamente pela falta de precisão sobre o montante devido, nem mesmo que a Daslu quisesse, conseguiria recolher os impostos que a Receita alega que não foram recolhidos.

Mas a reportagem apurou que os advogados da Daslu sinalizaram para a Receita que têm toda boa vontade de resolver o problema.

Sociedade

O irmão de Eliana Tranchesi, Antônio Carlos Piva de Albuquerque, que cuidava da administração da Daslu, e Celso Lima, contador e sócio de uma das empresas importadoras da loja, continuam presos.

Segundo o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, os acusados formariam um esquema ilegal para importar mercadorias estrangeiras com imposto de importação menor.

Em seu depoimento, de acordo com Magnani, Tranchesi disse desconhecer os procedimentos contábeis e fiscais da loja, pois se envolveria diretamente apenas com o marketing da empresa. Além de sócia, ela também responde pela presidência da loja. A empresária não teria negado e nem confirmado as acusações de sonegação fiscal, ainda segundo o procurador.

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