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03/08/2005 - 13h11

Sem assinatura do telefone, Fipe prevê deflação de 0,60% em agosto

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IVONE PORTES
da Folha Online

O município de São Paulo pode fechar o mês de agosto com deflação de 0,60% se for mantida a suspensão da cobrança de assinatura básica do telefone fixo. A previsão é do coordenador da pesquisa de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP), Paulo Picchetti.

Com o fim da cobrança da assinatura básica, o item telefone fixo --que tem peso de 2,33% na composição do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe-- contribuiria com 1 ponto percentual negativo no índice de preços da cidade.

De acordo com Picchetti, as famílias que fazem parte da pesquisa da Fipe em São Paulo gastam, em média, R$ 100 com telefone fixo, sendo que cerca de 40% desse valor, ou seja, R$ 40, é referente à assinatura básica.

Entretanto, analistas do setor de telecomunicações avaliam que a liminar que suspende a assinatura básica deverá cair nos próximos dias, como já ocorreu anteriormente.

Se a expectativa dos analistas se confirmar e o consumidor tiver que continuar pagando por esse serviço, o município registrará inflação aproximada de 0,40% neste mês, por conta principalmente dos reajustes dos preços de telefone e dos planos de saúde.

Julho

A inflação de 0,30% registrada no município em julho, após uma deflação de 0,20% no mês anterior, causou surpresa até ao coordenador de pesquisa da Fipe, que projetava uma taxa positiva mas próxima de zero.

Dois fatores foram fundamentais para o avanço da inflação. O primeiro foi o aumento de 11,66% nos pacotes de viagens e, o segundo, a alta de 2,82% nos planos de saúde. Estes dois itens responderam por 60% da inflação registrada no mês passado.

O aumento nas excursões é sazonal e ocorreu por conta das férias escolares. Já os planos de assistência médica deverão continuar pressionando o índice pelo menos até o final do ano, pois os reajustes são feitos de acordo com as datas dos contratos dos clientes.

A surpresa no mês, entretanto, veio dos alimentos, que embora continuem em queda, reduziram drasticamente o ritmo de baixa dos preços, passando de uma taxa negativa de 1,39%, em junho, para 0,74%, em julho.

Apesar de o IPC do mês passado ter superado a projeção da Fipe, Picchetti avalia que o índice continua dentro de "um patamar condizente" com a tendência para o ano, que deverá acumular variação de 5% a 5,5%. No ano, até julho, o IPC-Fipe acumula inflação de 3,02%.

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