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25/07/2002
-
09h23
da Folha de S.Paulo
Mais do que uma oportunidade para observar as pinceladas de artistas conhecidos, um passeio por museus pode ajudar quem se prepara para o vestibular. Nesses locais, é possível aprimorar os conhecimentos em quase todas as disciplinas exigidas nas provas _da história à física.
A Estação Ciência, na zona oeste de São Paulo, por exemplo, oferece ao visitante a chance de decifrar cálculos e formas geométricas por meio da manipulação de objetos interativos. Há ainda demonstrações sobre o movimento das placas tectônicas e a recém-inaugurada ala com 18 pinturas de Portinari para discutir arte, ciência e educação.
O acervo permanente do Masp (Museu de Arte de São Paulo) proporciona ao estudante uma viagem no tempo, do século 13 ao 20. "Os artistas são testemunhas de um período econômico, social e político. Observar seus quadros permite que as pessoas reconheçam um momento histórico e associem informações aos acontecimentos", diz Paulo Portella Filho, museólogo e coordenador do Serviço Educativo do museu.
Em frente a uma obra com a imagem do duque de Olivares (Velázquez, 1624), Portella explica: "Não é necessário saber quem ele era ou quem era o pintor. Mas, quando se estuda o mercantilismo, época em que o retrato foi pintado, pode-se visualizar no quadro como se vestia e se comportava um burguês do período."
Durante a exposição, o estudante perceberá que as telas são marcadas pela presença constante de temas referentes à religiosidade, o que, segundo Portella, reflete a presença permanente da igreja na vida social da Idade Média. Conforme a idade das pinturas diminui, é possível observar que figuras de pessoas políticas passam a ser retratadas _paralelamente à formação dos Estados nacionais.
"A arte permite que a pessoa associe três coisas: a sensibilidade, o conhecimento e o resgate de informações da memória. Esse exercício é importante para quando o aluno tiver de responder a questões dissertativas mais difíceis", afirma o museólogo.
Vale a pena ficar atento aos assuntos que têm boa chance de cair no vestibular. "Estamos comemorando 80 anos da Semana de Arte Moderna. Possivelmente algumas provas irão cobrar esse tema", afirma German Carmona, assessor do MAC (Museu de Arte Contemporânea) da USP. A instituição preparou uma mostra comemorativa, com obras de artistas brasileiros e suas influências.
"Aprender sobre aracnídeos e cobras no Instituto Butantan auxilia nas questões específicas, que caem de tempos em tempos nos exames", diz Giuseppe Puorto, diretor do museu da entidade.
Antes de escolher qual museu visitar, verifique se há monitoria. Geralmente, elas são realizadas por professores e enriquecem o passeio. Alguns museus oferecem acompanhamento personalizado, em que é possível explicar ao monitor qual seu interesse na mostra e, assim, aproveitar mais a visita.
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Visita a museus é chance de aprender de forma diferente
LUIS RENATO STRAUSSda Folha de S.Paulo
Mais do que uma oportunidade para observar as pinceladas de artistas conhecidos, um passeio por museus pode ajudar quem se prepara para o vestibular. Nesses locais, é possível aprimorar os conhecimentos em quase todas as disciplinas exigidas nas provas _da história à física.
A Estação Ciência, na zona oeste de São Paulo, por exemplo, oferece ao visitante a chance de decifrar cálculos e formas geométricas por meio da manipulação de objetos interativos. Há ainda demonstrações sobre o movimento das placas tectônicas e a recém-inaugurada ala com 18 pinturas de Portinari para discutir arte, ciência e educação.
O acervo permanente do Masp (Museu de Arte de São Paulo) proporciona ao estudante uma viagem no tempo, do século 13 ao 20. "Os artistas são testemunhas de um período econômico, social e político. Observar seus quadros permite que as pessoas reconheçam um momento histórico e associem informações aos acontecimentos", diz Paulo Portella Filho, museólogo e coordenador do Serviço Educativo do museu.
Em frente a uma obra com a imagem do duque de Olivares (Velázquez, 1624), Portella explica: "Não é necessário saber quem ele era ou quem era o pintor. Mas, quando se estuda o mercantilismo, época em que o retrato foi pintado, pode-se visualizar no quadro como se vestia e se comportava um burguês do período."
Durante a exposição, o estudante perceberá que as telas são marcadas pela presença constante de temas referentes à religiosidade, o que, segundo Portella, reflete a presença permanente da igreja na vida social da Idade Média. Conforme a idade das pinturas diminui, é possível observar que figuras de pessoas políticas passam a ser retratadas _paralelamente à formação dos Estados nacionais.
"A arte permite que a pessoa associe três coisas: a sensibilidade, o conhecimento e o resgate de informações da memória. Esse exercício é importante para quando o aluno tiver de responder a questões dissertativas mais difíceis", afirma o museólogo.
Vale a pena ficar atento aos assuntos que têm boa chance de cair no vestibular. "Estamos comemorando 80 anos da Semana de Arte Moderna. Possivelmente algumas provas irão cobrar esse tema", afirma German Carmona, assessor do MAC (Museu de Arte Contemporânea) da USP. A instituição preparou uma mostra comemorativa, com obras de artistas brasileiros e suas influências.
"Aprender sobre aracnídeos e cobras no Instituto Butantan auxilia nas questões específicas, que caem de tempos em tempos nos exames", diz Giuseppe Puorto, diretor do museu da entidade.
Antes de escolher qual museu visitar, verifique se há monitoria. Geralmente, elas são realizadas por professores e enriquecem o passeio. Alguns museus oferecem acompanhamento personalizado, em que é possível explicar ao monitor qual seu interesse na mostra e, assim, aproveitar mais a visita.
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