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19/09/2002 - 11h32

Atualidades: O poder dos EUA e o antiamericanismo

ROBERTO CANDELORI
da Folha de S.Paulo

Deixou de ser novidade, pelo menos após 11 de setembro de 2001, que existe um crescente sentimento antiamericano no mundo, alimentado principalmente pelas posições unilaterais do presidente George W. Bush.

Os EUA negaram-se a ratificar o Protocolo de Kyoto (1997), abandonaram a Conferência Mundial contra Racismo (2001), boicotaram o Tribunal Penal Internacional (TPI), pressionaram governos a não se comprometerem com metas na Cúpula sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio +10 (2002), e alinharam-se incondicionalmente à política de Ariel Sharon na crise do Oriente Médio. Agora pressionam os países a apoiar seus planos para derrubar Saddam Hussein.

O papel de liderança mundial assumido pela Casa Branca começou no final da Segunda Guerra, quando o ex-chanceler britânico Winston Churchill, em visita aos EUA, em 1946, alertou o presidente Harry Truman para o perigo da expansão comunista. Uma "cortina de ferro" desceu sobre o continente. De um lado, uma Europa destruída pela guerra, do outro, nações gravitando na órbita soviética. Abria-se o capítulo da Guerra Fria.

Dirigindo-se ao Congresso americano em março de 1947, Truman afirmou: "Os povos livres do mundo olham para nós esperando apoio na manutenção de sua liberdade". E concluiu: "Se fracassarmos na nossa missão de liderança, talvez ponhamos em perigo a paz e o mundo". Estavam lançados os pressupostos da Doutrina Truman, base da supremacia dos EUA no pós-Guerra. Depois vieram o Plano Marshall (1947) e a Organização para o Tratado do Atlântico Norte, a Otan (1949), consolidando econômica e militarmente sua liderança.

Agora, ao protagonizarem outro combate aos "inimigos da liberdade", os EUA insistem nas decisões unilaterais, fragilizam as Nações Unidas e estimulam o sentimento antiamericano.

Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br

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