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26/09/2002
-
12h13
da Folha de S.Paulo
Num lance de esperteza, ao autorizar o retorno das equipes de fiscalização da ONU, Saddam Hussein neutralizou a ofensiva americana e dividiu o Conselho de Segurança. Colin Powell, o secretário de Estado norte-americano, então mudou o tom do discurso: "A questão [agora" não é a inspeção, é o desarmamento".
O líder que ousa desafiar a maior potência do Ocidente nasceu em 1937, em Takrit, a 160 km ao norte de Bagdá. De origem pobre, o órfão Saddam Hussein foi criado pelo padrasto, que, homem rude e ignorante, proibia-o de estudar e exigia que ficasse em casa para cuidar do rebanho. Rebelde, Saddam abandonou sua casa e foi viver com um tio, professor em Bagdá.
Seduzido pelo fervor nacionalista após o domínio do canal de Suez (1956) pelo Egito, participou de um fracassado golpe contra o rei Faiçal 2º. Um ano depois, ingressou no Baath, partido socialista e defensor do pan-arabismo, o nacionalismo que lutava pela unidade árabe.
Militante, participou do frustrado atentado contra o general Abdul Karim Kassim, que o levou à prisão e ao exílio. O partido Baath chegou ao poder em 1968 por meio de um golpe em que assumiu o general Hassan al-Bakr.
Saddam foi nomeado vice-presidente, transformando-se no segundo homem forte do regime.
Al-Bakr deixou o poder em 1979, substituído por Saddam, que assumiu a chefia do governo e o comando das Forças Armadas. Conhecido pela violência dos seus métodos, mantém-se há 23 anos no poder, perseguindo e executando adversários. Provocou duas guerras, uma contra o Irã (1980-1988) e outra contra o Kuait (1990-1991). E agora, na iminência de um novo confronto, foi transformado pela Casa Branca no inimigo número um da América.
Pudera, Saddam não habita as cavernas ocultas do Afeganistão e pode ser facilmente encontrado nos castelos de Bagdá.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
Leia mais:
Biologia: Reprodução sexuada nos eucariotos - meiose
História: O Estado nacional e a sua missão
Química: Uma molécula com dupla personalidade
Matemática: Reflexões sobre o infinito
Atualidades: Saddam Hussein, o inimigo número um da América
ROBERTO CANDELORIda Folha de S.Paulo
Num lance de esperteza, ao autorizar o retorno das equipes de fiscalização da ONU, Saddam Hussein neutralizou a ofensiva americana e dividiu o Conselho de Segurança. Colin Powell, o secretário de Estado norte-americano, então mudou o tom do discurso: "A questão [agora" não é a inspeção, é o desarmamento".
O líder que ousa desafiar a maior potência do Ocidente nasceu em 1937, em Takrit, a 160 km ao norte de Bagdá. De origem pobre, o órfão Saddam Hussein foi criado pelo padrasto, que, homem rude e ignorante, proibia-o de estudar e exigia que ficasse em casa para cuidar do rebanho. Rebelde, Saddam abandonou sua casa e foi viver com um tio, professor em Bagdá.
Seduzido pelo fervor nacionalista após o domínio do canal de Suez (1956) pelo Egito, participou de um fracassado golpe contra o rei Faiçal 2º. Um ano depois, ingressou no Baath, partido socialista e defensor do pan-arabismo, o nacionalismo que lutava pela unidade árabe.
Militante, participou do frustrado atentado contra o general Abdul Karim Kassim, que o levou à prisão e ao exílio. O partido Baath chegou ao poder em 1968 por meio de um golpe em que assumiu o general Hassan al-Bakr.
Saddam foi nomeado vice-presidente, transformando-se no segundo homem forte do regime.
Al-Bakr deixou o poder em 1979, substituído por Saddam, que assumiu a chefia do governo e o comando das Forças Armadas. Conhecido pela violência dos seus métodos, mantém-se há 23 anos no poder, perseguindo e executando adversários. Provocou duas guerras, uma contra o Irã (1980-1988) e outra contra o Kuait (1990-1991). E agora, na iminência de um novo confronto, foi transformado pela Casa Branca no inimigo número um da América.
Pudera, Saddam não habita as cavernas ocultas do Afeganistão e pode ser facilmente encontrado nos castelos de Bagdá.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
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