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17/10/2002
-
11h31
da Folha de S.Paulo
Polêmico, o termo globalização foi tão amplamente empregado que, em vez de tornar-se mais claro, fica cada vez mais impreciso e confuso. Considerado do ponto de vista estritamente econômico, poderia ser descrito como um processo de crescente integração de mercados nacionais, facilmente observado por consumidores com acesso a produtos das mais diversas procedências, tênis "made in" Cingapura ou brinquedos "made in" China.
Mas sua abrangência vai além da aceleração no fluxo de comércio internacional. Secundada pela grande revolução na área das comunicações, a globalização propiciou maior mobilidade dos fluxos financeiros, que transitam livres entre fronteiras nacionais.
Essa crescente interdependência econômica global compromete progressivamente as decisões políticas domésticas, que cada vez mais estão subordinadas ao que acontece no mundo. Essa "submissão" restringe significativamente o poder de cada Estado nacional e dos seus governantes.
A globalização também está associada ao neoliberalismo. O avanço da integração econômica dependia de uma reformulação urgente no papel do Estado, afinal, argumentava-se, o Muro de Berlim (1989) caíra e com ele os paradigmas da Guerra Fria.
Na época, profetizava o então presidente dos EUA, George Bush, sobre os escombros da ex-URSS: "Chegamos a uma nova ordem mundial". Aquele Estado, aparelhado para a guerra, com monopólio de setores estratégicos, pesado e oneroso, ia desaparecer. Em seu lugar, seria erigido um Estado-mínimo, mais ágil e comprometido com a agenda social. Em tese, esse era o caminho.
Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
Leia mais:
História: Indústria, colonização e imperialismo
Geografia: Texto retifica informações sobre grupos de rochas
Física: A física e a pressão arterial
Português: Pronomes podem indicar posição dos seres no espaço
Matemática: Uma função de cara curiosa
Atualidades: Os (des)caminhos da globalização
ROBERTO CANDELORIda Folha de S.Paulo
Polêmico, o termo globalização foi tão amplamente empregado que, em vez de tornar-se mais claro, fica cada vez mais impreciso e confuso. Considerado do ponto de vista estritamente econômico, poderia ser descrito como um processo de crescente integração de mercados nacionais, facilmente observado por consumidores com acesso a produtos das mais diversas procedências, tênis "made in" Cingapura ou brinquedos "made in" China.
Mas sua abrangência vai além da aceleração no fluxo de comércio internacional. Secundada pela grande revolução na área das comunicações, a globalização propiciou maior mobilidade dos fluxos financeiros, que transitam livres entre fronteiras nacionais.
Essa crescente interdependência econômica global compromete progressivamente as decisões políticas domésticas, que cada vez mais estão subordinadas ao que acontece no mundo. Essa "submissão" restringe significativamente o poder de cada Estado nacional e dos seus governantes.
A globalização também está associada ao neoliberalismo. O avanço da integração econômica dependia de uma reformulação urgente no papel do Estado, afinal, argumentava-se, o Muro de Berlim (1989) caíra e com ele os paradigmas da Guerra Fria.
Na época, profetizava o então presidente dos EUA, George Bush, sobre os escombros da ex-URSS: "Chegamos a uma nova ordem mundial". Aquele Estado, aparelhado para a guerra, com monopólio de setores estratégicos, pesado e oneroso, ia desaparecer. Em seu lugar, seria erigido um Estado-mínimo, mais ágil e comprometido com a agenda social. Em tese, esse era o caminho.
Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
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