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24/10/2002 - 11h33

Além de clínica, escola e emissora de TV é mercado para fonoaudiologia

ANDRÉ NICOLETTI
da Folha de S.Paulo

Apesar de ter começado como uma atividade principalmente clínica, a fonoaudiologia atualmente estende o seu campo de atuação a escolas, a empresas, a hospitais e até a emissoras de TV.

Na área clínica, que continua sendo o mercado de trabalho mais comum para o fonoaudiólogo, o profissional não só faz o diagnóstico dos distúrbios da comunicação como propõe e aplica tratamentos para esses problemas. É o responsável por identificar problemas de audição em crianças e, caso seja diagnosticada uma deficiência, por propor o tratamento para desenvolver a comunicação -seja por meio da fala, seja por linguagem de sinais.

Nesse caso, o tratamento acaba fazendo que o profissional se aproxime da família do paciente. "Quando trabalhamos com crianças e idosos, o contato com os familiares é intenso, pois é preciso orientá-los", disse Altair Lila Cadrobbi Pupo, diretora da Faculdade de Fonoaudiologia da PUC-SP.

Além de lidar com problemas de voz e de audição, o fonoaudiólogo pode lidar com crianças que enfrentam problemas de escrita e de leitura. "Há aquelas que trocam letras na hora de escrever, como o "b" pelo "p'", disse Haydee Fiszben Wertzner, responsável pelo curso de graduação na USP.

O profissional pode trabalhar com crianças também em hospitais. Em recém-nascidos com dificuldade para mamar, por exemplo, ele estimula a musculatura responsável pela sucção. A esse profissional atribuem-se também testes de audição em bebês e o tratamento de idosos com problemas para engolir alimentos.

Integrar equipes de medicina do trabalho em empresas é outra atividade que merece ser destacada. O fonoaudiólogo analisa o barulho a que os funcionários estão expostos e o risco de perderem a audição, sugerindo também medidas de segurança.

Já em empresas em que os funcionários utilizam muito a voz para trabalhar, como as de telemarketing, o fonoaudiólogo, para evitar que eles tenham problemas, como calos nas cordas vocais, pode atuar desde a seleção até o treinamento dos empregados.

O trabalho da fonoaudióloga Leny Kyrillos na Rede Globo é justamente tentar evitar que repórteres e atores fiquem sem voz e interrompam suas atividades.

"Um problema da profissão é não poder muitas vezes atender às expectativas que o paciente tem. Muita gente idealiza um padrão de fala que não é possível obter no processo de reabilitação de algum problema sério", disse ela, que também atende em clínica e dá aulas na PUC-SP.

Leia mais:

  • Especialização é comum após o fim da graduação de fonoaudiologia


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