Publicidade
Publicidade
24/05/2004
-
16h06
da Folha Online
O número de instituições de ensino superior que vão usar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deve subir neste ano. Por outro lado, o sistema sofre críticas quando é usado como parte do processo seletivo.
A primeira edição do Enem aconteceu em 1998. A princípio, seria um exame para mostrar a situação do ensino no país. Aos poucos, as instituições começaram a usar o método como parte da seleção; com isso, aumentou a adesão à prova.
No primeiro ano, foram 157.221 inscritos; já no ano passado, mais de 1,8 milhão.
Em 2003, durante o período de inscrição dos alunos, 409 instituições informaram que usariam o método; neste ano, o número subiu para 436 (21% do total) --o total ainda pode mudar. (Clique aqui e veja a relação completa.)
As inscrições para o Enem deste ano estão abertas até 26 de maio (quarta-feira) para alunos que ainda cursam o ensino médio. Para quem já terminou, o período começou nesta segunda-feira (24) e vai até sábado (29).
Crítica
Para o diretor acadêmico da Vunesp (que aplica o vestibular da Unesp, entre outros), Fernando Prado, o Enem "é muito bom para dar um panorama do ensino no país, mas não é eficiente para selecionar alunos".
"O Enem não consegue dar uma 'sintonia fina' necessária em carreiras muito disputadas, em que é preciso diferenciar o bom do excelente aluno", afirma Prado. O exame nacional é considerado mais fácil do que os vestibulares mais tradicionais.
As universidades públicas estaduais de São Paulo --USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista)-- usam o Enem como parte do processo seletivo; a nota obtida vale 20% da nota da primeira etapa.
"As públicas de São Paulo começaram a usar o Enem quando o governo federal precisava que o exame 'pegasse'. Agora, isso já não é mais necessário e, um dia, pode ser que deixemos de usá-lo", afirma Prado.
O coordenador da Fuvest (que aplica o vestibular da USP), Roberto Costa, aponta a falta de "estabilidade" como um dos problemas do exame. "No ano passado, a prova foi mais fácil que em edições anteriores, o que fez a nossa nota de corte subir."
Força
O Ministério da Educação (MEC) quer usar o Enem, criado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como seleção para os alunos beneficiados do programa Universidade para Todos, que visa destinar vagas no ensino superior particular a alunos de baixa renda da rede pública.
Seriam considerados o resultado e o questionário socioeconômico do exame para selecionar os estudantes --que deverão ter renda per capita inferior a um salário mínimo (atualmente em R$ 260).
O MEC enviou a proposta de lei ao Congresso na semana passada. A idéia é que as instituições sem fins lucrativos destinem 20% de suas vagas ao programa; já as com fins lucrativos, 10%. A expectativa do governo é ocupar cerca de 70 mil vagas.
Leia mais
Ministério prorroga inscrições para o Enem
Enem "cresce", mas sofre críticas
Publicidade
O número de instituições de ensino superior que vão usar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deve subir neste ano. Por outro lado, o sistema sofre críticas quando é usado como parte do processo seletivo.
A primeira edição do Enem aconteceu em 1998. A princípio, seria um exame para mostrar a situação do ensino no país. Aos poucos, as instituições começaram a usar o método como parte da seleção; com isso, aumentou a adesão à prova.
No primeiro ano, foram 157.221 inscritos; já no ano passado, mais de 1,8 milhão.
Em 2003, durante o período de inscrição dos alunos, 409 instituições informaram que usariam o método; neste ano, o número subiu para 436 (21% do total) --o total ainda pode mudar. (Clique aqui e veja a relação completa.)
As inscrições para o Enem deste ano estão abertas até 26 de maio (quarta-feira) para alunos que ainda cursam o ensino médio. Para quem já terminou, o período começou nesta segunda-feira (24) e vai até sábado (29).
Crítica
Para o diretor acadêmico da Vunesp (que aplica o vestibular da Unesp, entre outros), Fernando Prado, o Enem "é muito bom para dar um panorama do ensino no país, mas não é eficiente para selecionar alunos".
"O Enem não consegue dar uma 'sintonia fina' necessária em carreiras muito disputadas, em que é preciso diferenciar o bom do excelente aluno", afirma Prado. O exame nacional é considerado mais fácil do que os vestibulares mais tradicionais.
As universidades públicas estaduais de São Paulo --USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista)-- usam o Enem como parte do processo seletivo; a nota obtida vale 20% da nota da primeira etapa.
"As públicas de São Paulo começaram a usar o Enem quando o governo federal precisava que o exame 'pegasse'. Agora, isso já não é mais necessário e, um dia, pode ser que deixemos de usá-lo", afirma Prado.
O coordenador da Fuvest (que aplica o vestibular da USP), Roberto Costa, aponta a falta de "estabilidade" como um dos problemas do exame. "No ano passado, a prova foi mais fácil que em edições anteriores, o que fez a nossa nota de corte subir."
Força
O Ministério da Educação (MEC) quer usar o Enem, criado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como seleção para os alunos beneficiados do programa Universidade para Todos, que visa destinar vagas no ensino superior particular a alunos de baixa renda da rede pública.
Seriam considerados o resultado e o questionário socioeconômico do exame para selecionar os estudantes --que deverão ter renda per capita inferior a um salário mínimo (atualmente em R$ 260).
O MEC enviou a proposta de lei ao Congresso na semana passada. A idéia é que as instituições sem fins lucrativos destinem 20% de suas vagas ao programa; já as com fins lucrativos, 10%. A expectativa do governo é ocupar cerca de 70 mil vagas.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice