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08/06/2004
-
13h46
da Folha Online
A proposta do governo federal de tornar obrigatório o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terá pouco impacto no número de alunos avaliados. Neste ano, 2,3 milhões deverão fazer o exame; se todos os concluintes tivessem de realizar a prova, subiria para 2,4 milhões (4,3% de diferença).
Os números foram informados pelo coordenador do exame, Dorivan Ferreira. Atualmente, são gastos cerca de R$ 43 milhões com a prova.
O ministro da Educação, Tarso Genro, apresentou na última segunda-feira as diretrizes para a reforma universitária, que será enviada ao Congresso até o fim do ano.
De acordo com a proposta, o Enem seria obrigatório a todos os concluintes do ensino médio e as instituições de ensino superior teriam de incluir o exame no processo seletivo --o que atualmente é optativo. Neste ano, a previsão é de que entre 400 e 450 universidades, das 1.637, usem o exame no vestibular --de forma total ou parcial.
Segundo Ferreira, não seriam necessárias mudanças na prova caso o Congresso aprove o projeto da forma como está. "Um dos objetivos do Enem é justamente ser usado nos processos seletivos", afirmou. "Também foi feito para que o aluno faça uma auto-avaliação e que seja usado como seleção no mercado de trabalho."
Críticas
Alguns especialistas não concordam com o uso do Enem como forma de seleção. Para Fernando Prado, diretor acadêmico da Vunesp --fundação que aplica, entre outros, o vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista)--, a prova não consegue diferenciar o "bom do excelente aluno", já que os principais vestibulares exigem conhecimentos mais específicos.
As universidades públicas estaduais de São Paulo --USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp-- usam o exame; a nota obtida vale 20% da nota da primeira etapa do vestibular.
"As públicas de São Paulo começaram a usar o Enem quando o governo federal precisava que o exame 'pegasse'. Agora, isso já não é mais necessário e, um dia, pode ser que deixemos de usá-lo", afirma Prado.
Já o coordenador da Fuvest (que aplica o vestibular da USP), Roberto Costa, diz que a prova ainda não tem "estabilidade".
Em 2003, o exame foi considerado mais fácil do que nos anos anteriores. Com isso, na Unicamp, as notas médias dos candidatos subiu 16 pontos (em 100) de 2003 para 2004.
O Enem foi aplicado pela primeira vez, de forma oficial, em 1998, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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A proposta do governo federal de tornar obrigatório o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terá pouco impacto no número de alunos avaliados. Neste ano, 2,3 milhões deverão fazer o exame; se todos os concluintes tivessem de realizar a prova, subiria para 2,4 milhões (4,3% de diferença).
Os números foram informados pelo coordenador do exame, Dorivan Ferreira. Atualmente, são gastos cerca de R$ 43 milhões com a prova.
O ministro da Educação, Tarso Genro, apresentou na última segunda-feira as diretrizes para a reforma universitária, que será enviada ao Congresso até o fim do ano.
De acordo com a proposta, o Enem seria obrigatório a todos os concluintes do ensino médio e as instituições de ensino superior teriam de incluir o exame no processo seletivo --o que atualmente é optativo. Neste ano, a previsão é de que entre 400 e 450 universidades, das 1.637, usem o exame no vestibular --de forma total ou parcial.
Segundo Ferreira, não seriam necessárias mudanças na prova caso o Congresso aprove o projeto da forma como está. "Um dos objetivos do Enem é justamente ser usado nos processos seletivos", afirmou. "Também foi feito para que o aluno faça uma auto-avaliação e que seja usado como seleção no mercado de trabalho."
Críticas
Alguns especialistas não concordam com o uso do Enem como forma de seleção. Para Fernando Prado, diretor acadêmico da Vunesp --fundação que aplica, entre outros, o vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista)--, a prova não consegue diferenciar o "bom do excelente aluno", já que os principais vestibulares exigem conhecimentos mais específicos.
As universidades públicas estaduais de São Paulo --USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp-- usam o exame; a nota obtida vale 20% da nota da primeira etapa do vestibular.
"As públicas de São Paulo começaram a usar o Enem quando o governo federal precisava que o exame 'pegasse'. Agora, isso já não é mais necessário e, um dia, pode ser que deixemos de usá-lo", afirma Prado.
Já o coordenador da Fuvest (que aplica o vestibular da USP), Roberto Costa, diz que a prova ainda não tem "estabilidade".
Em 2003, o exame foi considerado mais fácil do que nos anos anteriores. Com isso, na Unicamp, as notas médias dos candidatos subiu 16 pontos (em 100) de 2003 para 2004.
O Enem foi aplicado pela primeira vez, de forma oficial, em 1998, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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