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22/09/2005
-
10h58
da Folha Online
O presidente da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp), Milton Vieira do Prado Júnior, afirmou à Folha que o nível de arrecadação do ICMS neste ano não justifica o corte anunciado pela reitoria da Unesp. "A situação não é tão caótica", afirmou.
Segundo informações da Unesp, a arrecadação da cota do ICMS relativa à universidade neste mês está 1,7% acima da prevista. O mês mais crítico foi julho, quando foi só 0,3% maior.
Segundo a análise de Prado Júnior, a decisão de cortar gastos faz parte da política da Unesp de "recompor caixa".
O déficit deste ano é de R$ 21 milhões. Segundo a assessoria de imprensa da Unesp, "fazer caixa" é necessário para cobrir o déficit. Entretanto, diz, foi a instabilidade do ICMS que provocou os cortes nos gastos, que podem ser suspensos, caso o diagnóstico mude.
Sol
A biblioteca da Unesp de Jaboticabal, anteontem, estava funcionando à meia-luz: uma fileira estava acesa e outra, desligada.
A iluminação do espaço onde ficam as mesas era garantida pela luz do sol, que, àquela altura, pouco depois das 11h, estava forte.
"Tem sido assim, mas à tarde a gente acende as luzes para não atrapalhar os alunos. É o bom senso", afirmou a diretora da biblioteca, Isabel Ziviani, 43.
"Não atrapalha o estudo porque está claro, mas também não é bom", afirmou Rogério Teixeira Duarte, 19, que faz o primeiro ano de agronomia, sobre o racionamento de energia que a universidade vem enfrentando.
O principal temor dele, no entanto, é outro: que a redução de despesas da Unesp atinja as bolsas cedidas aos estudantes.
"Sem a bolsa não consigo estudar", afirma o universitário. Duarte recebe R$ 175 mensais e faz bicos como garçom em festas para completar o orçamento.
Para Carlos Eduardo Barbieri Gregório, 22, presidente do diretório acadêmico da Unesp em Jaboticabal, a falta de recursos é originária da associação entre orçamento estável e expansão do número de alunos.
"As vagas aumentam, mas o orçamento é o mesmo. Não tem jeito", afirmou Gregório.
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O presidente da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp), Milton Vieira do Prado Júnior, afirmou à Folha que o nível de arrecadação do ICMS neste ano não justifica o corte anunciado pela reitoria da Unesp. "A situação não é tão caótica", afirmou.
Segundo informações da Unesp, a arrecadação da cota do ICMS relativa à universidade neste mês está 1,7% acima da prevista. O mês mais crítico foi julho, quando foi só 0,3% maior.
Segundo a análise de Prado Júnior, a decisão de cortar gastos faz parte da política da Unesp de "recompor caixa".
O déficit deste ano é de R$ 21 milhões. Segundo a assessoria de imprensa da Unesp, "fazer caixa" é necessário para cobrir o déficit. Entretanto, diz, foi a instabilidade do ICMS que provocou os cortes nos gastos, que podem ser suspensos, caso o diagnóstico mude.
Sol
A biblioteca da Unesp de Jaboticabal, anteontem, estava funcionando à meia-luz: uma fileira estava acesa e outra, desligada.
A iluminação do espaço onde ficam as mesas era garantida pela luz do sol, que, àquela altura, pouco depois das 11h, estava forte.
"Tem sido assim, mas à tarde a gente acende as luzes para não atrapalhar os alunos. É o bom senso", afirmou a diretora da biblioteca, Isabel Ziviani, 43.
"Não atrapalha o estudo porque está claro, mas também não é bom", afirmou Rogério Teixeira Duarte, 19, que faz o primeiro ano de agronomia, sobre o racionamento de energia que a universidade vem enfrentando.
O principal temor dele, no entanto, é outro: que a redução de despesas da Unesp atinja as bolsas cedidas aos estudantes.
"Sem a bolsa não consigo estudar", afirma o universitário. Duarte recebe R$ 175 mensais e faz bicos como garçom em festas para completar o orçamento.
Para Carlos Eduardo Barbieri Gregório, 22, presidente do diretório acadêmico da Unesp em Jaboticabal, a falta de recursos é originária da associação entre orçamento estável e expansão do número de alunos.
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