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05/06/2006 - 09h42

Escola chega a vetar teorema de Pitágoras

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da Folha de S.Paulo, no Rio

O grande número de alunos e professores que participaram voluntariamente das olimpíadas de matemática do ano passado permitiram ao Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e à SBM (Sociedade Brasileira de Matemática) ter um panorama de como anda o ensino da disciplina no país.

Além de premiar alunos, a competição (organizada também pelos Ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia) destaca os melhores professores, que recebem curso de aperfeiçoamento no Impa, no Rio. Esse contato dá pistas de por que o ensino de matemática é ruim no país.

"Há uma interferência indevida de gestores mal-qualificados na definição de metodologias e conteúdos de matemática no Brasil. Um dos professores que participaram da olimpíada nos contou que, na rede dele, chegaram a proibir o teorema de Pitágoras porque era algo velho demais. Como o aluno vai aprender matemática sem conhecer o teorema?", afirma Suely Druck, vice-presidente da SBM.

Outro ponto que a SBM e o Impa apontam como entrave é o fato de a carreira de professor ser pouco atrativa para quem se forma em matemática. A maioria, diz Druck, vai trabalhar em bancos ou em áreas onde seu conhecimento é mais valorizado.

Para o diretor do Impa, César Camacho, o Brasil paga caro por não investir mais na educação tecnológica. "O país não dará um salto de desenvolvimento se não tiver recursos humanos qualificados na área de engenharia, por exemplo. Até países com mais complicadores do que o Brasil, como a Índia, estão investindo mais rápido no setor", afirma.

As inscrições para a olimpíada deste ano vão até sexta-feira. No mesmo dia, alguns vencedores da competição do ano passado receberão das mãos do presidente Lula as medalhas. Mais informações podem ser obtidas no site www.obmep.org.br.

Professor da USP

Em São Paulo, desde 1977 um professor da USP revela alunos com alto potencial em matemática e os encaminha, muitas vezes por conta própria, para colégios particulares.

A atuação de Shigeo Watanabe, 81, começou quando o pai de um dos vencedores da Olimpíada Paulista de Matemática disse que seu filho deixaria de estudar para trabalhar.

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