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21/11/2006 - 09h24

Série de mudanças testa candidato da Fuvest

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SIMONE HARNIK
VINÍCIUS CAETANO SEGALLA
da Folha de S.Paulo

Uma surpresa para os 142.656 inscritos, é isso o que a Fuvest promete ser. Uma série de mudanças, algumas mais sensíveis, outras menos, vai ser aplicada e testada neste ano. O candidato tem de saber que vai encarar questões interdisciplinares, que o número de testes diminuiu e que haverá um bônus na nota dos estudantes oriundos da rede pública.

Entretanto, de acordo com psicólogos, especialistas de cursinho e de colégios consultados pela Folha, o importante é lembrar-se sempre de que todos vão passar pelo mesmo desafio, o que impõe uma condição de igualdade.

"As questões interdisciplinares não serão problemas para os estudantes. A Fuvest não vai fazer nenhuma loucura", analisa a coordenadora do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes.

As mudanças em si não foram alvo de críticas severas, mas sim a forma pela qual foram implantadas. "A Fuvest costumava, todos os anos, realizar uma reunião com coordenadores de colégios e cursinhos para falar do exame. Neste ano isso não foi feito, e este era um ano em que isso seria essencial", afirma Victor Koloszuk, diretor de ensino médio do colégio Vértice. "Os alunos ficam um pouco apreensivos, mas nós realizamos simulados e mostramos a eles que, independentemente do tipo de prova, o rendimento padrão de cada aluno se mantém."

"O vestibular é um planejamento de no mínimo três anos, em que o vestibulando vai se organizando para isso. Tivemos que mudar simulados já prontos e fizemos isso para tranqüilizar os alunos. O maior fator de estresse foi, infelizmente, a Fuvest", diz o coordenador de orientação profissional do Bandeirantes, Roberto Nasser.

Bônus

A professora Vera também avalia que o bônus de 3% na nota dos estudantes do ensino público --medida instituída pelo Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP)-- não deve ser motivo de preocupação para quem saiu da escola particular. "Isso vai dar uma chance aos bons alunos da rede pública que estão próximos da convocação para a segunda fase."

De acordo com o vice-reitor da universidade e presidente do conselho curador da Fuvest, Franco Maria Lajolo, o objetivo é ampliar o número de alunos da rede pública.

"Fizemos estudos e projeções que nos mostraram que esse percentual permite trazer mais gente da escola pública, chegando a 30% dos aprovados, o que nos parece razoável em um primeiro momento. Vamos ver o que acontece no vestibular", explica.

A bonificação é uma das principais novidades do Inclusp, além da instituição de até 10% de questões interdisciplinares na prova.

Ainda há outra alteração, só que em fase de projeto. Trata-se do Sistema de Avaliação Seriada, em que alunos da rede pública poderão fazer provas ao fim de cada ano do ensino médio e a nota será aproveitada na Fuvest. "É um projeto que depende de várias interfaces e deverá ser planejado durante o ano que vem. Depois, faremos um plano-piloto, com algumas escolas, para analisar o resultado", diz.

Pelo Inclusp, também há medidas para facilitar a permanência do estudante na faculdade, como a concessão de bolsas de estudos associada à pesquisa na instituição.

"A questão da inclusão social é muito importante no Brasil de hoje. Claro que não vamos fazer a revolução social, mas estamos fazendo o que está ao nosso alcance", explica o vice-reitor.

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