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04/05/2007
-
16h30
CLAYTON FREITAS
da Folha Online
Após participar de uma reunião realizada nesta sexta-feira com alunos que invadiram a reitoria da USP (Universidade de São Paulo) na quinta (3), o vice-reitor da universidade, Franco Maria Lajolo, disse que as reivindicações dos universitários serão levadas para um debate entre alunos e professores. A punição para quem invadiu o prédio não foi descartada por Lajolo.
Na quinta-feira os estudantes invadiram o local e quebraram portas, móveis e arrancaram grades, segundo funcionários da reitoria. Os manifestantes negam, e dizem que os móveis foram desmontados e que somente as portas foram danificadas.
Os estudantes controlam a portaria do prédio e ao menos mil servidores da reitoria foram impedidos de trabalhar, nesta sexta. Ao menos 150 alunos permanecem acampados no local.
Os alunos exigem, entre outras medidas, que a universidade firme um compromisso oficial contra os decretos do governador José Serra (PSDB), entre eles o que criou a Secretaria de Ensino Superior. Os estudantes também reivindicam a criação de 594 moradias estudantis dentro do campus Butantã (zona oeste de São Paulo).
Depois da reunião com os estudantes, Lajolo afirmou, entretanto, que alguns temas não dependem unicamente da USP e precisam ser articulados com pastas do governo estadual, tais como a de Planejamento e Gestão.
"Existem muitos temas que dependem de planejamentos e de informações que vão além das possibilidades que temos aqui", disse o vice-reitor.
Uma nova reunião deve ocorrer ainda nesta sexta, e a expectativa é que ao término, os alunos desocupem o local.
De acordo com os estudantes, o vice-reitor teria até assinado uma carta se comprometendo a não acionar os mecanismos internos da USP para punir os alunos que causaram danos em alguns móveis do prédio.
Segundo Ellen Ruiz, 20 anos, aluna do curso de História e integrante da comissão de negociação, disse que o Lajolo assinou o documento na quinta, mas fez menção a voltar atrás em sua palavra.
"Os alunos querem ter a garantia de que não sofrerão nenhuma espécie de perseguição política dentro da universidade e restrição às suas atividades", disse Ellen.
Diferentemente do que disseram os estudantes, Lajolo não confirmou que eles não sofrerão punição por terem invadido a reitoria.
"Vamos ver o que aconteceu realmente. Não há nada previsto por enquanto, mas depende de levantamentos de eventuais prejuízos", afirmou.
O vice-reitor afirmou que o mais importante neste momento é dialogar o máximo possível com os alunos para evitar confrontos e a permanência deles no prédio.
Ele disse que parte do descontentamento dos alunos --e um dos motivos que levou a invasão-- foi o fato de não terem sido recebidos pela reitora da USP, Suely Vilela, para debater os assuntos que reivindicam agora.
Lajolo confirmou que foi procurado pelos alunos, mas não disse quando a reunião aconteceria.
Os alunos alegaram que ele se comprometeu em recebê-los às 16h de ontem, o que não ocorreu. "A universidade tem várias formas de interlocução que não é essa forma que está sendo colocada aqui, de invasão. A universidade é um espaço de discussão e de crítica, mas a violência é muito lamentável", disse o vice-reitor.
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da Folha Online
Após participar de uma reunião realizada nesta sexta-feira com alunos que invadiram a reitoria da USP (Universidade de São Paulo) na quinta (3), o vice-reitor da universidade, Franco Maria Lajolo, disse que as reivindicações dos universitários serão levadas para um debate entre alunos e professores. A punição para quem invadiu o prédio não foi descartada por Lajolo.
Na quinta-feira os estudantes invadiram o local e quebraram portas, móveis e arrancaram grades, segundo funcionários da reitoria. Os manifestantes negam, e dizem que os móveis foram desmontados e que somente as portas foram danificadas.
Os estudantes controlam a portaria do prédio e ao menos mil servidores da reitoria foram impedidos de trabalhar, nesta sexta. Ao menos 150 alunos permanecem acampados no local.
Os alunos exigem, entre outras medidas, que a universidade firme um compromisso oficial contra os decretos do governador José Serra (PSDB), entre eles o que criou a Secretaria de Ensino Superior. Os estudantes também reivindicam a criação de 594 moradias estudantis dentro do campus Butantã (zona oeste de São Paulo).
Marlene Bergamo/Folha Imagem |
Em protesto, estudantes da USP ocupam reitoria; veja imagens da invasão |
Depois da reunião com os estudantes, Lajolo afirmou, entretanto, que alguns temas não dependem unicamente da USP e precisam ser articulados com pastas do governo estadual, tais como a de Planejamento e Gestão.
"Existem muitos temas que dependem de planejamentos e de informações que vão além das possibilidades que temos aqui", disse o vice-reitor.
Uma nova reunião deve ocorrer ainda nesta sexta, e a expectativa é que ao término, os alunos desocupem o local.
De acordo com os estudantes, o vice-reitor teria até assinado uma carta se comprometendo a não acionar os mecanismos internos da USP para punir os alunos que causaram danos em alguns móveis do prédio.
Segundo Ellen Ruiz, 20 anos, aluna do curso de História e integrante da comissão de negociação, disse que o Lajolo assinou o documento na quinta, mas fez menção a voltar atrás em sua palavra.
"Os alunos querem ter a garantia de que não sofrerão nenhuma espécie de perseguição política dentro da universidade e restrição às suas atividades", disse Ellen.
Diferentemente do que disseram os estudantes, Lajolo não confirmou que eles não sofrerão punição por terem invadido a reitoria.
"Vamos ver o que aconteceu realmente. Não há nada previsto por enquanto, mas depende de levantamentos de eventuais prejuízos", afirmou.
O vice-reitor afirmou que o mais importante neste momento é dialogar o máximo possível com os alunos para evitar confrontos e a permanência deles no prédio.
Ele disse que parte do descontentamento dos alunos --e um dos motivos que levou a invasão-- foi o fato de não terem sido recebidos pela reitora da USP, Suely Vilela, para debater os assuntos que reivindicam agora.
Lajolo confirmou que foi procurado pelos alunos, mas não disse quando a reunião aconteceria.
Os alunos alegaram que ele se comprometeu em recebê-los às 16h de ontem, o que não ocorreu. "A universidade tem várias formas de interlocução que não é essa forma que está sendo colocada aqui, de invasão. A universidade é um espaço de discussão e de crítica, mas a violência é muito lamentável", disse o vice-reitor.
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