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Estudantes decidem manter ocupação da USP; protestos marcam dia
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da Folha Online
Os estudantes que ocupam a reitoria da USP (Universidade de São Paulo) há 34 dias decidiram, em assembléia realizada na noite de terça-feira (5), que irão permanecer no prédio e em greve.
Na segunda-feira (4), a reitora Suely Vilela havia dito que manteria as concessões feitas anteriormente --como a provisão de café da manhã e alimentação aos domingos, a ampliação do horário de funcionamento dos ônibus internos do campus e a realização de um debate a respeito do prazo de júbilo-- caso a proposta de desocupação fosse aprovada.
Em seu blog, ao noticiar a decisão de manter o protesto, os estudantes reafirmaram a sua pauta de reivindicações, cujo principal item é a revogação integral de cinco decretos editados pelo governo estadual no início deste ano que desagradaram professores e estudantes das universidades públicas.
Ainda na manhã desta quarta-feira, os estudantes e o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) prometem realizar um ato em defesa da ocupação. O ato deve ocorrer no mesmo horário em que outro grupo --de professores, funcionários, estudantes e ex-alunos da USP-- promete sair em caminhada contra o movimento.
O manifesto que convoca para a caminhada contra a ocupação é assinado pelo grupo Ação Independente de Professores da USP. "É causa de indignação as ações que se opõem os segmentos universitários entre si, bem como é a utilização do espaço da universidade para outros fins que não os de seus objetivos. Atitudes estas que levam ao desrespeito e a desqualificação da ação da universidade", afirma o documento.
Na segunda-feira, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse que a ocupação está insustentável e representa apenas o desejo de uma minoria que procura "encrenca".
Na terça-feira (5), estudantes ocuparam as reitorias da UFPR (Universidade Federal do Paraná), da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), em solidariedade à ocupação da USP.
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