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27/06/2001
-
20h55
Cerca de 800 profissionais das áreas de saúde e educação se reúnem a partir de amanhã para discutir o despreparo das escolas em lidar com a epidemia de Aids [que hoje atinge cerca de 3.700 crianças entre 3 e 14 nas escolas de SP] e a educação sexual durante o 5º Educaids (Encontro Nacional de Educadores na Prevenção da Aids).
No evento, os participantes vão trocar experiências sobre as práticas utilizadas nas escolas e também formar diretrizes do ensino.
De acordo com Teresinha Pinto, presidente da Apta (Associação para a Prevenção e Tratamento da Aids), que organiza o evento, a falta de uma diretriz nacional que mostre como deve ser feita essa orientação sexual faz com que muitos professores e escolas com boa vontade se sintam perdidos. "Os professores estão atuando muito mais que o sistema de ensino", diz.
Ela afirma que a idéia do encontro é trocar experiências, discutir questões metodológicas e formar uma política pública, ainda que não oficial.
Inclusão
Um dos principais assuntos a ser discutido será os efeitos do tratamento da Aids no aprendizado, considerando as questões neurológica, emocional e pedagógica. "Precisamos saber qual é o melhor horário para essas crianças estudarem e como lidar com as alterações hormonais decorrentes da doença", diz Teresinha.
Segundo ela, os fortes medicamentos tomados hoje nos coquetéis podem causar distúrbios de aprendizagem que precisam ser observados e levados em conta enquanto essa criança está na escola. "Alguns efeitos colaterais interferem no ensino", diz.
Teresinha afirma que a questão principal que deve ser levada em conta é a inclusão da criança com Aids na escola e também da criança que indiretamente sofre com isso, por ter, por exemplo, perdido os pais em decorrência da doença.
Adesão
De acordo com a presidente da Apta, a cada ano tem aumentado o número de participantes no Educaids e também o número de escolas e prefeituras que tenham programas de educação sexual.
Um mapeamento feito nos municípios brasileiros em 99 apontava que 19% tinham algum tipo de programa. Os dados de 2001 ainda não foram finalizados, mas ela acredita que tenha aumentado a adesão.
Segundo Teresinha, no começo do evento só participavam professores, mas hoje a presença de pessoas das secretarias de educação é grande.
Suporte
Além das orientações no Educaids, a Apta oferece suporte para escolas e prefeituras que se interessem em implantar um programa de educação sexual.
Teresinha afirma que se um pai do Amazonas, por exemplo, quer por seu filho uma escola que tenha esse tipo de programa, a Apta indica uma ou, no caso de não haver nenhuma no município, a entidade entra em contato com escolas e com a secretaria de educação para fazer a implantação.
No ano passado, a entidade lançou o livro "Aids e Escola - reflexões e propostas do Educaids", que traz algumas diretrizes sobre o assunto. Os interessados podem encontrar no livro várias dicas para ações de prevenção e educação sexual.
O Educaids será realizado a partir de amanhã até domingo, no Centro de Convenções Rebouças (av. Rebouças, 600). Mais informações pelos telefones 0/xx/11/287-9699/8109. O telefone da Apta é 3266-3345.
(Giovana Girardi)
Leia também:
SP têm 3.750 alunos com HIV
Pega-pega inspirou colégio a dar aulas
Jovens pedem novo modelo de prevenção
Professores se reúnem para discutir educação sexual e prevenção
da Folha OnlineCerca de 800 profissionais das áreas de saúde e educação se reúnem a partir de amanhã para discutir o despreparo das escolas em lidar com a epidemia de Aids [que hoje atinge cerca de 3.700 crianças entre 3 e 14 nas escolas de SP] e a educação sexual durante o 5º Educaids (Encontro Nacional de Educadores na Prevenção da Aids).
No evento, os participantes vão trocar experiências sobre as práticas utilizadas nas escolas e também formar diretrizes do ensino.
De acordo com Teresinha Pinto, presidente da Apta (Associação para a Prevenção e Tratamento da Aids), que organiza o evento, a falta de uma diretriz nacional que mostre como deve ser feita essa orientação sexual faz com que muitos professores e escolas com boa vontade se sintam perdidos. "Os professores estão atuando muito mais que o sistema de ensino", diz.
Ela afirma que a idéia do encontro é trocar experiências, discutir questões metodológicas e formar uma política pública, ainda que não oficial.
Inclusão
Um dos principais assuntos a ser discutido será os efeitos do tratamento da Aids no aprendizado, considerando as questões neurológica, emocional e pedagógica. "Precisamos saber qual é o melhor horário para essas crianças estudarem e como lidar com as alterações hormonais decorrentes da doença", diz Teresinha.
Segundo ela, os fortes medicamentos tomados hoje nos coquetéis podem causar distúrbios de aprendizagem que precisam ser observados e levados em conta enquanto essa criança está na escola. "Alguns efeitos colaterais interferem no ensino", diz.
Teresinha afirma que a questão principal que deve ser levada em conta é a inclusão da criança com Aids na escola e também da criança que indiretamente sofre com isso, por ter, por exemplo, perdido os pais em decorrência da doença.
Adesão
De acordo com a presidente da Apta, a cada ano tem aumentado o número de participantes no Educaids e também o número de escolas e prefeituras que tenham programas de educação sexual.
Um mapeamento feito nos municípios brasileiros em 99 apontava que 19% tinham algum tipo de programa. Os dados de 2001 ainda não foram finalizados, mas ela acredita que tenha aumentado a adesão.
Segundo Teresinha, no começo do evento só participavam professores, mas hoje a presença de pessoas das secretarias de educação é grande.
Suporte
Além das orientações no Educaids, a Apta oferece suporte para escolas e prefeituras que se interessem em implantar um programa de educação sexual.
Teresinha afirma que se um pai do Amazonas, por exemplo, quer por seu filho uma escola que tenha esse tipo de programa, a Apta indica uma ou, no caso de não haver nenhuma no município, a entidade entra em contato com escolas e com a secretaria de educação para fazer a implantação.
No ano passado, a entidade lançou o livro "Aids e Escola - reflexões e propostas do Educaids", que traz algumas diretrizes sobre o assunto. Os interessados podem encontrar no livro várias dicas para ações de prevenção e educação sexual.
O Educaids será realizado a partir de amanhã até domingo, no Centro de Convenções Rebouças (av. Rebouças, 600). Mais informações pelos telefones 0/xx/11/287-9699/8109. O telefone da Apta é 3266-3345.
(Giovana Girardi)
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