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22/08/2001
-
19h33
A Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) descreveu como "excepcional" a adesão à greve universidades federais.
Segundo o presidente da entidade, Roberto Leher, das 36 seções sindicais que votaram a greve hoje, apenas uma delas optou por não iniciar a paralisação por tempo indeterminado. "Em universidades onde normalmente o debate é mais intenso, a adesão à greve foi praticamente unânime", disse.
Essa situação foi verificada na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde as greves costumam ter pouca força em razão do grande número de docentes ligados ao setor produtivo. Entre os 180 professores que estiveram na assembléia, apenas dois votaram contra a paralisação.
Situação semelhante ocorreu na UFMG (Minas Gerais), onde de 400 professores apenas dois votaram contra, e na UFPE (Pernambuco), onde a votação foi unânime.
A única universidade federal que não aprovou a greve até agora foi a de Viçosa (MG). O restante das seções sindicais locais das 52 Ifes (instituições federais de ensino superior) deve comunicar decisão até o final desta quinta-feira.
O início da greve foi programado para hoje para que o movimento fosse feito em conjunto com os servidores federais de outros setores, como previdência social e judiciário.
De acordo com Roberto Leher, um dos fatores que impulsionaram a adesão a greve foi a reação negativa ao reajuste salarial linear de 3,5% para os servidores federais, anunciado ontem pelo governo federal.
Os professores pedem reposição salarial de 75,48% e a contratação de 8.000 servidores para os cargos vagos nas Ifes (instituições federais de ensino superior), além de um novo plano de carreira para a categoria e incorporação um projeto de gratificação para ativos e inativos.
A assessoria de imprensa do MEC (Ministério da Educação) afirmou que ainda não tinha em mãos um balanço geral sobre a situação da greve nas universidades federais.
A estimativa dos professores é que 450 mil dos 600 mil alunos das universidades federais fiquem sem aula. Segundo a Andes, a maior parte dos alunos aprova a paralisação. "É óbvio que a greve é um transtorno muito grande, mas os estudantes sabem que o que está em jogo é a sobrevivência da universidade pública", diz Leher.
Ao lado das universidades e faculdades federais, participam da greve os Cefets (centros de ensino tecnológico) e algumas instituições isoladas, como o Colégio Pedro 2º, no Rio de Janeiro.
Leia mais Greve fracassa em outros setores Unifesp realiza paralisação de um dia UFSCar confirma adesão à greve Formandos temem atraso de diplomas na UFSCar
Adesão à greve nas universidades é 'excepcional', diz sindicato
da Folha OnlineA Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) descreveu como "excepcional" a adesão à greve universidades federais.
Segundo o presidente da entidade, Roberto Leher, das 36 seções sindicais que votaram a greve hoje, apenas uma delas optou por não iniciar a paralisação por tempo indeterminado. "Em universidades onde normalmente o debate é mais intenso, a adesão à greve foi praticamente unânime", disse.
Essa situação foi verificada na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde as greves costumam ter pouca força em razão do grande número de docentes ligados ao setor produtivo. Entre os 180 professores que estiveram na assembléia, apenas dois votaram contra a paralisação.
Situação semelhante ocorreu na UFMG (Minas Gerais), onde de 400 professores apenas dois votaram contra, e na UFPE (Pernambuco), onde a votação foi unânime.
A única universidade federal que não aprovou a greve até agora foi a de Viçosa (MG). O restante das seções sindicais locais das 52 Ifes (instituições federais de ensino superior) deve comunicar decisão até o final desta quinta-feira.
O início da greve foi programado para hoje para que o movimento fosse feito em conjunto com os servidores federais de outros setores, como previdência social e judiciário.
De acordo com Roberto Leher, um dos fatores que impulsionaram a adesão a greve foi a reação negativa ao reajuste salarial linear de 3,5% para os servidores federais, anunciado ontem pelo governo federal.
Os professores pedem reposição salarial de 75,48% e a contratação de 8.000 servidores para os cargos vagos nas Ifes (instituições federais de ensino superior), além de um novo plano de carreira para a categoria e incorporação um projeto de gratificação para ativos e inativos.
A assessoria de imprensa do MEC (Ministério da Educação) afirmou que ainda não tinha em mãos um balanço geral sobre a situação da greve nas universidades federais.
A estimativa dos professores é que 450 mil dos 600 mil alunos das universidades federais fiquem sem aula. Segundo a Andes, a maior parte dos alunos aprova a paralisação. "É óbvio que a greve é um transtorno muito grande, mas os estudantes sabem que o que está em jogo é a sobrevivência da universidade pública", diz Leher.
Ao lado das universidades e faculdades federais, participam da greve os Cefets (centros de ensino tecnológico) e algumas instituições isoladas, como o Colégio Pedro 2º, no Rio de Janeiro.
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