Publicidade
Publicidade
22/08/2001
-
21h20
da Folha Ribeirão
CLAYTON FREITAS
free-lance para a Folha Ribeirão
Os docentes da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) decidiram em assembléia hoje à tarde entrar em greve por tempo indeterminado.
A paralisação dos 545 professores da instituição vai afetar também os serviços prestados pela instituição. Além de os alunos ficarem sem aulas, serviços oferecidos à comunidade, como fisioterapia e terapia ocupacional, deverão ser interrompidos.
Para os estudantes, a paralisação pode comprometer o semestre letivo e até atrasar a formatura dos alunos que concluem seus cursos neste ano, segundo o próprio reitor da universidade, Oswaldo Baptista Duarte Filho. "A greve já era previsível. Agora [com a paralisação], tudo fica comprometido", afirmou.
Além da paralisação dos docentes, os servidores da UFSCar já haviam deflagrado a greve desde o dia 17 de julho, o que comprometeu serviços como o restaurante universitário e a biblioteca.
Os diplomas de cursos de 52 faculdades ou centros universitários de todo o interior de São Paulo não estão sendo registrados - apenas universidades, públicas ou particulares (como a Unaerp e a Unifran, por exemplo), expedem o documento.
Assim, alunos formados, por exemplo, pela Faculdade de Direito de Franca ou pelo Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão, podem se prejudicar.
A greve dos professores acontece porque reivindicações da categoria, como reajuste salarial de 75,48% e a contratação imediata de 2.000 docentes no regime jurídico único, não foram atendidas.
Ainda há outros pedidos não atendidos, de acordo com a Adufscar (Associação dos Docentes da UFSCar).
Segundo Emerson Pires Leal, presidente da associação, o salário bruto de um professor com titulação de doutor é R$ 1.006. A esse valor somam-se 160% relativo a gratificação por atividades de ensino e outros 30% relativos a produtividade. A categoria quer que as gratificações sejam incorporadas aso salários.
Segundo a Andes-SN (Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior -Sindicato Nacional), 29 instituições de ensino federal haviam aderido à greve até hoje.
Os servidores - que hoje entram no 37º dia de greve - avaliaram como positiva a paralisação dos professores. "Eles estão tão prejudicados quanto nós. Não há como trabalhar sem o reajuste", disse Leonília Passos, integrante do comando de greve.
Antes de os professores aprovarem a greve, os alunos haviam anunciado que não iriam assistir as aulas enquanto a situação dos servidores não fosse definida.
Hoje pela manhã houve uma reunião entre mil alunos. "Não concordamos com o tratamento que o governo federal vem dando aos servidores", disse José Erinaldo Oliveira Júnior, 24.
Leia mais Adesão à greve é alta, dizem professores Greve fracassa em outros setores Unifesp realiza paralisação de um dia Formandos temem atraso de diplomas na UFSCar
Professores universitários iniciam greve na UFSCar
MARCELO TOLEDOda Folha Ribeirão
CLAYTON FREITAS
free-lance para a Folha Ribeirão
Os docentes da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) decidiram em assembléia hoje à tarde entrar em greve por tempo indeterminado.
A paralisação dos 545 professores da instituição vai afetar também os serviços prestados pela instituição. Além de os alunos ficarem sem aulas, serviços oferecidos à comunidade, como fisioterapia e terapia ocupacional, deverão ser interrompidos.
Para os estudantes, a paralisação pode comprometer o semestre letivo e até atrasar a formatura dos alunos que concluem seus cursos neste ano, segundo o próprio reitor da universidade, Oswaldo Baptista Duarte Filho. "A greve já era previsível. Agora [com a paralisação], tudo fica comprometido", afirmou.
Além da paralisação dos docentes, os servidores da UFSCar já haviam deflagrado a greve desde o dia 17 de julho, o que comprometeu serviços como o restaurante universitário e a biblioteca.
Os diplomas de cursos de 52 faculdades ou centros universitários de todo o interior de São Paulo não estão sendo registrados - apenas universidades, públicas ou particulares (como a Unaerp e a Unifran, por exemplo), expedem o documento.
Assim, alunos formados, por exemplo, pela Faculdade de Direito de Franca ou pelo Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão, podem se prejudicar.
A greve dos professores acontece porque reivindicações da categoria, como reajuste salarial de 75,48% e a contratação imediata de 2.000 docentes no regime jurídico único, não foram atendidas.
Ainda há outros pedidos não atendidos, de acordo com a Adufscar (Associação dos Docentes da UFSCar).
Segundo Emerson Pires Leal, presidente da associação, o salário bruto de um professor com titulação de doutor é R$ 1.006. A esse valor somam-se 160% relativo a gratificação por atividades de ensino e outros 30% relativos a produtividade. A categoria quer que as gratificações sejam incorporadas aso salários.
Segundo a Andes-SN (Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior -Sindicato Nacional), 29 instituições de ensino federal haviam aderido à greve até hoje.
Os servidores - que hoje entram no 37º dia de greve - avaliaram como positiva a paralisação dos professores. "Eles estão tão prejudicados quanto nós. Não há como trabalhar sem o reajuste", disse Leonília Passos, integrante do comando de greve.
Antes de os professores aprovarem a greve, os alunos haviam anunciado que não iriam assistir as aulas enquanto a situação dos servidores não fosse definida.
Hoje pela manhã houve uma reunião entre mil alunos. "Não concordamos com o tratamento que o governo federal vem dando aos servidores", disse José Erinaldo Oliveira Júnior, 24.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Avaliação reprova 226 faculdades do país pelo 4º ano consecutivo
- Dilma aprova lei que troca dívidas de universidades por bolsas
- Notas das melhores escolas paulistas despencam em exame; veja
- Universidades de SP divulgam calendário dos vestibulares 2013
- Mercadante diz que não há margem para reajuste maior aos docentes
+ Comentadas
- Câmara sinaliza absolvição de deputados envolvidos com Cachoeira
- Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
+ EnviadasÍndice