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20/09/2001
-
09h56
da Folha de S.Paulo
Todas as matérias do vestibular podem de alguma forma utilizar o tema do atentado terrorista nos EUA, semana passada, como gancho para propor questões.
A maioria dos professores de geografia consultados disse que o atentado em si não deve ser questão de prova, e sim assuntos relacionados, como a nova ordem mundial, os problemas geopolíticos no Oriente Médio, os vários movimentos terroristas espalhados pelo mundo e o fundamentalismo religioso.
A atual política americana é grande candidata a figurar nas provas. O estudante deve saber o que motivou o abandono da conferência de Durban, o desenvolvimento do escudo antimisseis, a não-aceitação do Protocolo de Kyoto e a formação da Alca (Área de Livre Comércio da Américas).
Em física, o fato de a estrutura de aço do World Trade Center ter perdido sua característica original devido ao calor pode ser abordado na parte de resistência dos materiais. O choque entre os dois aviões e as torres pode gerar questões sobre conservação de energia, quantidade de movimento e dinâmica impulsiva.
As provas de inglês podem utilizar textos críticos ou de análise de jornais e revistas estrangeiros como "Newsweek", "Time" e "The New York Times".
Não é provável que caia algo no exame de matemática, mas, segundo o professor José Luiz Pastori, poderia ser feita uma questão de probabilidade tendo como base o fato de apenas uma das torres estar no seguro, pois se considerava nula a probabilidade de algo acontecer com as duas.
Nas provas de história podem ser feitas comparações entre o atentado e fatos passados, como o ataque à base americana de Pearl Harbor, em 1941, ou as cruzadas cristãs na Idade Média.
A explosão do combustível dos aviões pode ser explorada em questões envolvendo cálculo estequiométrico. Com os dados da entalpia da reação, pode-se pedir ainda ao aluno que calcule a energia liberada.
De acordo com o professor Renato Tadeu, o fato de o combustível dos aviões ter se espalhado no momento do choque com as torres, o que facilitou a reação com o oxigênio do ar, pode dar origem a questões de cinética química.
Segundo a professora de português Thaís Nicoleti de Camargo, os vestibulares podem propor nas provas de redação uma "discussão mais ampla sobre a aceitação ou não do modelo de civilização tido como vitorioso no pós-Guerra Fria". A repercussão do caso na mídia, a vulnerabilidade dos EUA e a aceitação do modo de vida americano também podem ser temas.
Fovest - 20.set.2001
Vestibulares podem abordar atentado aos EUA
Racionamento de energia é provável tema
Ler jornais e revistas é fundamental para o vestibulando
O que pode cair nas provas dos principais vestibulares
RESUMÃO
História
Física
Biologia
Português
Atualidades
Matemática
Atentado terrorista deve ser mais explorado em geografia
ANDRÉ NICOLETTIda Folha de S.Paulo
Todas as matérias do vestibular podem de alguma forma utilizar o tema do atentado terrorista nos EUA, semana passada, como gancho para propor questões.
A maioria dos professores de geografia consultados disse que o atentado em si não deve ser questão de prova, e sim assuntos relacionados, como a nova ordem mundial, os problemas geopolíticos no Oriente Médio, os vários movimentos terroristas espalhados pelo mundo e o fundamentalismo religioso.
A atual política americana é grande candidata a figurar nas provas. O estudante deve saber o que motivou o abandono da conferência de Durban, o desenvolvimento do escudo antimisseis, a não-aceitação do Protocolo de Kyoto e a formação da Alca (Área de Livre Comércio da Américas).
Em física, o fato de a estrutura de aço do World Trade Center ter perdido sua característica original devido ao calor pode ser abordado na parte de resistência dos materiais. O choque entre os dois aviões e as torres pode gerar questões sobre conservação de energia, quantidade de movimento e dinâmica impulsiva.
As provas de inglês podem utilizar textos críticos ou de análise de jornais e revistas estrangeiros como "Newsweek", "Time" e "The New York Times".
Não é provável que caia algo no exame de matemática, mas, segundo o professor José Luiz Pastori, poderia ser feita uma questão de probabilidade tendo como base o fato de apenas uma das torres estar no seguro, pois se considerava nula a probabilidade de algo acontecer com as duas.
Nas provas de história podem ser feitas comparações entre o atentado e fatos passados, como o ataque à base americana de Pearl Harbor, em 1941, ou as cruzadas cristãs na Idade Média.
A explosão do combustível dos aviões pode ser explorada em questões envolvendo cálculo estequiométrico. Com os dados da entalpia da reação, pode-se pedir ainda ao aluno que calcule a energia liberada.
De acordo com o professor Renato Tadeu, o fato de o combustível dos aviões ter se espalhado no momento do choque com as torres, o que facilitou a reação com o oxigênio do ar, pode dar origem a questões de cinética química.
Segundo a professora de português Thaís Nicoleti de Camargo, os vestibulares podem propor nas provas de redação uma "discussão mais ampla sobre a aceitação ou não do modelo de civilização tido como vitorioso no pós-Guerra Fria". A repercussão do caso na mídia, a vulnerabilidade dos EUA e a aceitação do modo de vida americano também podem ser temas.
Fovest - 20.set.2001
RESUMÃO
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