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07/10/2001
-
10h39
Há uma década, quando os pais precisavam matricular os filhos na escola, bastava decidir entre duas opções: tradicional ou construtivista. A situação mudou. Para eleger o melhor ensino para a criança, os adultos se pegam avaliando questões tão distintas quanto a grade curricular e o futuro que planejam para seu filho.
A psicopedagoga Raquel Caruso Whitaker, 40, trabalha todo ano com pais perdidos na hora da matrícula. Ela participa de uma equipe multidisciplinar do CAD (Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento), que, entre outras atividades, faz workshops para ensinar pais a escolherem as melhores escolas.
"A escola ideal é a adequada aos valores dos pais e às características dos filhos", afirma.
Algumas de suas dicas práticas: para definir como é o seu filho e achar a escola certa, escolha três características principais dele e pergunte nos colégios como elas lidam com aqueles pontos.
Verifique se a escola pede exames anuais de visão e audição. Isso previne mal aproveitamento escolar por problemas médicos.
Veja se as salas são arejadas e bem iluminadas (natural ou artificialmente). Se a escola for para pequenos, deve ter grades.
Na educação infantil, além da biblioteca central, é importante que as classes tenham alguns livros para estimular a leitura. Deve haver dois alunos por computador. A escola não deve ser muito longe de casa, no máximo de 40 minutos a 1 hora de viagem.
Quando avaliar a mensalidade, veja o que ela inclui (material, passeios, acampamentos, recuperação). Pode ser que os gastos adicionais não possam ser suportados pelo orçamento familiar.
A presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogos, Nívea Maria Carvalho Fabrício, destaca os recursos empregados em sala. O ensino de disciplinas como história se torna mais interessante quando usa não só livros, mas vídeos e visitas a pontos históricos.
A pedagoga Sylvia Gouvêa, do Conselho Nacional de Educação, diz que a questão não se resume a descobrir qual a melhor metodologia pedagógica. "A resposta pode confundir os pais". É hora de reparar se o colégio aproveita as características da idade em favor do ensino. Em vez de impor aulas paradas e muito teóricas para adolescentes, é mais útil usar a inquietação da idade para fazê-los trabalhar em grupos.
A orientadora pedagógica Maria de Fátima Vaz de Freitas diz que deve ser visto se o colégio remunera bem os professores e oferece atualização permanente. Outro indicador é a ligação dos conteúdos entre as disciplinas. "Se o tema da aula de geografia, por exemplo, está ligado com o de outras disciplinas, o aluno é levado a contextualizar os fatos, e isso faz parte da formação global", afirma a pedagoga.
Para o professor de física Domingos Vasconcelos, pai de dois filhos que são adolescentes, o número de alunos serviu de referência. "Escolhemos uma escola em que as turmas até quarta série não têm mais de 25 alunos por sala."
Leia mais
Aula revela diferenças de métodos de ensino
Conheça as principais teorias pedagógicas
Educadores dão receita da boa escola
Free-lance para a Folha de S.PauloHá uma década, quando os pais precisavam matricular os filhos na escola, bastava decidir entre duas opções: tradicional ou construtivista. A situação mudou. Para eleger o melhor ensino para a criança, os adultos se pegam avaliando questões tão distintas quanto a grade curricular e o futuro que planejam para seu filho.
A psicopedagoga Raquel Caruso Whitaker, 40, trabalha todo ano com pais perdidos na hora da matrícula. Ela participa de uma equipe multidisciplinar do CAD (Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento), que, entre outras atividades, faz workshops para ensinar pais a escolherem as melhores escolas.
"A escola ideal é a adequada aos valores dos pais e às características dos filhos", afirma.
Algumas de suas dicas práticas: para definir como é o seu filho e achar a escola certa, escolha três características principais dele e pergunte nos colégios como elas lidam com aqueles pontos.
Verifique se a escola pede exames anuais de visão e audição. Isso previne mal aproveitamento escolar por problemas médicos.
Veja se as salas são arejadas e bem iluminadas (natural ou artificialmente). Se a escola for para pequenos, deve ter grades.
Na educação infantil, além da biblioteca central, é importante que as classes tenham alguns livros para estimular a leitura. Deve haver dois alunos por computador. A escola não deve ser muito longe de casa, no máximo de 40 minutos a 1 hora de viagem.
Quando avaliar a mensalidade, veja o que ela inclui (material, passeios, acampamentos, recuperação). Pode ser que os gastos adicionais não possam ser suportados pelo orçamento familiar.
A presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogos, Nívea Maria Carvalho Fabrício, destaca os recursos empregados em sala. O ensino de disciplinas como história se torna mais interessante quando usa não só livros, mas vídeos e visitas a pontos históricos.
A pedagoga Sylvia Gouvêa, do Conselho Nacional de Educação, diz que a questão não se resume a descobrir qual a melhor metodologia pedagógica. "A resposta pode confundir os pais". É hora de reparar se o colégio aproveita as características da idade em favor do ensino. Em vez de impor aulas paradas e muito teóricas para adolescentes, é mais útil usar a inquietação da idade para fazê-los trabalhar em grupos.
A orientadora pedagógica Maria de Fátima Vaz de Freitas diz que deve ser visto se o colégio remunera bem os professores e oferece atualização permanente. Outro indicador é a ligação dos conteúdos entre as disciplinas. "Se o tema da aula de geografia, por exemplo, está ligado com o de outras disciplinas, o aluno é levado a contextualizar os fatos, e isso faz parte da formação global", afirma a pedagoga.
Para o professor de física Domingos Vasconcelos, pai de dois filhos que são adolescentes, o número de alunos serviu de referência. "Escolhemos uma escola em que as turmas até quarta série não têm mais de 25 alunos por sala."
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