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11/10/2001
-
11h05
especial para a Folha de S.Paulo
Seis palestinos morreram durante as manifestações que marcaram o primeiro aniversário da atual Intifada, a resistência contra a ocupação. Em 12 meses de enfrentamento entre os palestinos e as tropas israelenses, as vítimas passam de 800. A continuar essa violência, além do número de mortos, o perigo maior será o sepultamento dos avanços conseguidos em Oslo, em 1993.
Assinado por Yitzhak Rabin e Iasser Arafat, sob o lema "terra em troca de paz", o acordo de Oslo, intermediado por Bill Clinton, definia a devolução dos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia ao controle da Autoridade Nacional Palestina.
O assassinato de Rabin, em novembro de 1995, pelo extremista judeu Yigal Amir marcou o primeiro golpe no projeto de paz. A ascensão do direitista Benyamin Netanyahu, um ano depois, com uma retórica de confronto retomou a política dos novos assentamentos, contrária às diretrizes de Oslo, e agravou a situação. Somente em maio de 99, com a chegada ao poder do líder trabalhista, os israelenses se mostraram dispostos a restabelecer o diálogo.
No entanto a crescente divisão da sociedade israelense em relação ao acordo, associada ao fracasso da cúpula de Camp David em julho de 2000, desencadeou um novo surto de violência. Ariel Sharon, líder do Likud, visitou a parte histórica de Jerusalém, provocando a ira dos árabes, que retomaram a Intifada ou a revolta das pedras. A violência, o medo e o terrorismo conduziram Sharon ao posto de primeiro-ministro neste ano.
Com notório desprezo pelo diálogo, Sharon continua ampliando os assentamentos e eliminando os líderes palestinos suspeitos de cometer atos terroristas. O terrorismo de Estado praticado pelo premiê fragiliza ainda mais o acordo de Oslo.
Num momento em que a palavra de ordem é tolerância, grupos extremistas como o Hamas revidam os ataques, e Israel promete vingança. Para complicar o cenário, o presidente dos EUA, George Bush, e a comunidade internacional não têm pressionado verdadeiramente as partes em direção ao diálogo. O grande teatro continua. EUA e Europa mobilizam suas forças para derrotar o Taleban. Enquanto isso, o velho Sharon avança sobre territórios, espalha o ódio e anuncia àqueles que assistem aos seus atos que Oslo agoniza.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 11.out.2001
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ROBERTO CANDELORIespecial para a Folha de S.Paulo
Seis palestinos morreram durante as manifestações que marcaram o primeiro aniversário da atual Intifada, a resistência contra a ocupação. Em 12 meses de enfrentamento entre os palestinos e as tropas israelenses, as vítimas passam de 800. A continuar essa violência, além do número de mortos, o perigo maior será o sepultamento dos avanços conseguidos em Oslo, em 1993.
Assinado por Yitzhak Rabin e Iasser Arafat, sob o lema "terra em troca de paz", o acordo de Oslo, intermediado por Bill Clinton, definia a devolução dos territórios da faixa de Gaza e da Cisjordânia ao controle da Autoridade Nacional Palestina.
O assassinato de Rabin, em novembro de 1995, pelo extremista judeu Yigal Amir marcou o primeiro golpe no projeto de paz. A ascensão do direitista Benyamin Netanyahu, um ano depois, com uma retórica de confronto retomou a política dos novos assentamentos, contrária às diretrizes de Oslo, e agravou a situação. Somente em maio de 99, com a chegada ao poder do líder trabalhista, os israelenses se mostraram dispostos a restabelecer o diálogo.
No entanto a crescente divisão da sociedade israelense em relação ao acordo, associada ao fracasso da cúpula de Camp David em julho de 2000, desencadeou um novo surto de violência. Ariel Sharon, líder do Likud, visitou a parte histórica de Jerusalém, provocando a ira dos árabes, que retomaram a Intifada ou a revolta das pedras. A violência, o medo e o terrorismo conduziram Sharon ao posto de primeiro-ministro neste ano.
Com notório desprezo pelo diálogo, Sharon continua ampliando os assentamentos e eliminando os líderes palestinos suspeitos de cometer atos terroristas. O terrorismo de Estado praticado pelo premiê fragiliza ainda mais o acordo de Oslo.
Num momento em que a palavra de ordem é tolerância, grupos extremistas como o Hamas revidam os ataques, e Israel promete vingança. Para complicar o cenário, o presidente dos EUA, George Bush, e a comunidade internacional não têm pressionado verdadeiramente as partes em direção ao diálogo. O grande teatro continua. EUA e Europa mobilizam suas forças para derrotar o Taleban. Enquanto isso, o velho Sharon avança sobre territórios, espalha o ódio e anuncia àqueles que assistem aos seus atos que Oslo agoniza.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 11.out.2001
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