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26/10/2001
-
20h46
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Apaerj (Associação de Pais de Alunos do Rio de Janeiro) ameaça entrar com uma nova ação no TRF (Tribunal Regional Federal), para impedir a realização do neste domingo (28) do vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), maior universidade federal do país. Hoje, o TRF cassou a liminar que adiava para janeiro e fevereiro a realização .
A disputa judicial agrava a tensão entre os 56 mil inscritos para a prova. Além de liminares de última hora, eles temem enfrentar protestos que estão sendo organizados por entidades estudantis e docentes favoráveis ao adiamento do vestibular.
A liminar favorável ao adiamento, que tinha sido concedida pela Justiça Federal do Rio na quarta-feira (24), foi cassada pelo desembargador federal Arnaldo Lima, presidente do TRF da 2ª Região. O Ministério Público Federal, que havia movido a primeira ação, afirmou que não vai recorrer da decisão, porque não haveria tempo hábil para que o TRF julgasse um novo recurso.
Caso a Apaerj ou outra entidade ainda tente impedir a realização do vestibular, terá de recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou ao STF (Supremo Tribunal Federal) para mudar a decisão do presidente do TRF.
Se a prova for realizada neste domingo, ela deverá ser marcada pelos protestos. Entre os vestibulandos, corriam rumores de que alunos das duas principais escolas federais de ensino médio no Rio, o Pedro 2º e o CAP (Colégio de Aplicação) da UFRJ, que defendem o adiamento das provas, estariam planejando formas de provocar a anulação do vestibular.
"Eles falam que vão rasgar as provas, ligar celulares para quebrar o sigilo, em alguns locais vão fazer manifestações tentando impedir a entrada", afirmou Erika Berenguer, 18.
A ameaça de piquetes na porta dos locais de provas provoca insegurança e preocupa os candidatos. De acordo com Rafael D'Andrea, 18, que vai prestar vestibular para física, nos últimos dias, na sua escola, só se fala disso. "Eu me preocupo, principalmente porque vou fazer vestibular no Fundão, onde devem estar concentrados os protestos", afirmou.
Uma manifestação está sendo organizada pela Associação dos Docentes da UFRJ. Os professores convidaram entidades como a OAB e CNBB, além de parlamentares, para um protesto às 7h do domingo, duas horas antes do início das provas, nos campi da Praia Vermelha, na Urca (zona sul), e da Ilha do Fundão (zona norte).
"Hipocrisia"
O estudante Felipe Queiroz, 18, acha que o adiamento das provas seria até justo para dar igualdade aos que estão sendo prejudicados pela greve nas escolas federais. "Por outro lado seria hipocrisia, porque as escolas públicas fazem greve em outras ocasiões e nada acontece", disse.
Em nota, o reitor da UFRJ, José Henrique Vilhena, assegura que "a universidade tem condições de garantir a segurança e a tranquilidade para a realização do concurso". A direção da universidade pediu reforço do policiamento nos 36 locais de provas no Estado.
Para tentar evitar qualquer prejuízo por causa dos protestos, colégios e cursinhos pré-vestibulares estão recomendando que os alunos se dirijam aos locais de prova em pequenos grupos.
Leia mais
Justiça derruba liminar e vestibular da UFRJ acontece no domingo
Leia mais notícias da greve no ensino
Associação de pais de alunos ameaça impedir vestibular da UFRJ
DANIELA MENDESda Folha de S.Paulo, no Rio
A Apaerj (Associação de Pais de Alunos do Rio de Janeiro) ameaça entrar com uma nova ação no TRF (Tribunal Regional Federal), para impedir a realização do neste domingo (28) do vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), maior universidade federal do país. Hoje, o TRF cassou a liminar que adiava para janeiro e fevereiro a realização .
A disputa judicial agrava a tensão entre os 56 mil inscritos para a prova. Além de liminares de última hora, eles temem enfrentar protestos que estão sendo organizados por entidades estudantis e docentes favoráveis ao adiamento do vestibular.
A liminar favorável ao adiamento, que tinha sido concedida pela Justiça Federal do Rio na quarta-feira (24), foi cassada pelo desembargador federal Arnaldo Lima, presidente do TRF da 2ª Região. O Ministério Público Federal, que havia movido a primeira ação, afirmou que não vai recorrer da decisão, porque não haveria tempo hábil para que o TRF julgasse um novo recurso.
Caso a Apaerj ou outra entidade ainda tente impedir a realização do vestibular, terá de recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou ao STF (Supremo Tribunal Federal) para mudar a decisão do presidente do TRF.
Se a prova for realizada neste domingo, ela deverá ser marcada pelos protestos. Entre os vestibulandos, corriam rumores de que alunos das duas principais escolas federais de ensino médio no Rio, o Pedro 2º e o CAP (Colégio de Aplicação) da UFRJ, que defendem o adiamento das provas, estariam planejando formas de provocar a anulação do vestibular.
"Eles falam que vão rasgar as provas, ligar celulares para quebrar o sigilo, em alguns locais vão fazer manifestações tentando impedir a entrada", afirmou Erika Berenguer, 18.
A ameaça de piquetes na porta dos locais de provas provoca insegurança e preocupa os candidatos. De acordo com Rafael D'Andrea, 18, que vai prestar vestibular para física, nos últimos dias, na sua escola, só se fala disso. "Eu me preocupo, principalmente porque vou fazer vestibular no Fundão, onde devem estar concentrados os protestos", afirmou.
Uma manifestação está sendo organizada pela Associação dos Docentes da UFRJ. Os professores convidaram entidades como a OAB e CNBB, além de parlamentares, para um protesto às 7h do domingo, duas horas antes do início das provas, nos campi da Praia Vermelha, na Urca (zona sul), e da Ilha do Fundão (zona norte).
"Hipocrisia"
O estudante Felipe Queiroz, 18, acha que o adiamento das provas seria até justo para dar igualdade aos que estão sendo prejudicados pela greve nas escolas federais. "Por outro lado seria hipocrisia, porque as escolas públicas fazem greve em outras ocasiões e nada acontece", disse.
Em nota, o reitor da UFRJ, José Henrique Vilhena, assegura que "a universidade tem condições de garantir a segurança e a tranquilidade para a realização do concurso". A direção da universidade pediu reforço do policiamento nos 36 locais de provas no Estado.
Para tentar evitar qualquer prejuízo por causa dos protestos, colégios e cursinhos pré-vestibulares estão recomendando que os alunos se dirijam aos locais de prova em pequenos grupos.
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