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29/10/2001 - 20h46

Universidade Federal do Rio vive guerra política

da Folha de S.Paulo, no Rio

A anulação de parte do vestibular da UFRJ é mais um capítulo da guerra política da universidade, iniciada com a última eleição para reitor, em 1998, e agravada com a greve dos professores.

Naquele ano, José Henrique Vilhena foi indicado reitor pelo ministro Paulo Renato Souza (Educação), apesar de não ter sido o mais votado nas eleições com alunos, professores e servidores nem no Conselho Universitário. Sua posse chegou a ser adiada porque alunos ocuparam a reitoria.

Neste ano, ao justificar a posição de não adiar o vestibular, contrariando resolução do Conselho de Ensino e Graduação, Vilhena disse que a decisão era política e tinha objetivo de chamar a atenção para a greve. Hoje, voltou a criticar quem defendia o adiamento. "Há dois grupos aliados. Um se caracteriza pelo corporativismo, o outro tentou usar violência para impedir um concurso garantido pela Justiça. Eles não têm interesse na democracia."

Os alunos têm outra versão: "O intransigente é ele, que não respeitou uma decisão democrática do CEG", afirma Luiz Felipe Marchesi, diretor do DCE da UFRJ.

Vilhena foi um dos poucos reitores a fazer coro às críticas de Paulo Renato aos sindicatos de docentes. A maioria dos dirigentes de instituições federais se posicionou favoravelmente ou de forma neutra em relação à greve.

Admitido em concurso como professor-adjunto do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais em 1980, Vilhena, 57, se tornou diretor do IFCS em 1986. Em 1990, assumiu o cargo de decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas; em 1994, foi eleito vice-reitor.

É visto por seus defensores como administrador eficiente e por alguns opositores como hábil negociador nos bastidores políticos.

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