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26/11/2001
-
23h11
Dois alunos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) comentaram hoje a greve dos professores federais, que já dura 96 dias.
"O ministério não quer negociar"
Para o estudante do último ano de comunicação social Felipe Messina, 24, a volta dos professores da UFRJ às aulas neste momento enfraqueceria as reivindicações dos professores em todas as federais. Ele foi um dos organizadores do ato de protesto contra a intenção de alguns docentes de retornarem ontem às atividades, mesmo sem decisão da assembléia da universidade.
Folha - Qual o benefício de continuar com a greve agora?
Felipe Messina - A greve tem de ser mantida para que se possa estabelecer um diálogo que, hoje, não existe entre o Ministério da Educação e os professores e alunos. O MEC não quer sentar para negociar e está desrespeitando decisões da Justiça. Queremos lembrar também que os alunos estão em greve e têm uma pauta de reivindicação.
Folha - Mas continuar com a greve não prejudicaria o ano letivo?
Messina - Acho muito difícil que isso aconteça. Historicamente, nunca uma greve conseguiu cancelar o ano letivo. Nós não queremos perder aula, mas também não queremos uma reposição picareta. Queremos esperar o fim da greve para definir um calendário de reposições sério.
"A greve chegou ao seu limite"
O estudante de ciências sociais Bruno Filipo, 23, foi hoje ao IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da UFRJ na esperança de voltar a ter aulas, depois de 97 dias de paralisação. Ele diz ser a favor das reivindicações dos professores, mas afirma que toda a força que o movimento tinha já foi utilizada.
Folha - Por que a greve deveria acabar?
Bruno Filipo - A greve chegou a um estado no qual só vai prejudicar mais os alunos e desgastar a imagem dos professores, que já está desgastada. Não há mais perspectivas de acordo com o governo. Toda a força que o movimento tinha já foi utilizada. A greve chegou ao seu limite. Ou acontece o acordo ou o movimento fica sem sentido.
Folha - Mas você não considera justas as reivindicações?
Filipo - Sim. Nós sabemos que há defasagem do salário. Há também a necessidade de contratar mais professores. Atualmente, há muitos professores substitutos no IFCS, assim como em toda a UFRJ. A turma de calouros de ciências sociais chegou a ficar um mês sem professor. Mas, apesar disso, a greve está causando um desgaste muito grande.
Leia mais
Protestos impedem volta às aulas na UFRJ
Leia mais notícias da greve no ensino
Estudantes da UFRJ comentam greve dos professores federais
da Folha de S.Paulo, no RioDois alunos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) comentaram hoje a greve dos professores federais, que já dura 96 dias.
"O ministério não quer negociar"
Para o estudante do último ano de comunicação social Felipe Messina, 24, a volta dos professores da UFRJ às aulas neste momento enfraqueceria as reivindicações dos professores em todas as federais. Ele foi um dos organizadores do ato de protesto contra a intenção de alguns docentes de retornarem ontem às atividades, mesmo sem decisão da assembléia da universidade.
Folha - Qual o benefício de continuar com a greve agora?
Felipe Messina - A greve tem de ser mantida para que se possa estabelecer um diálogo que, hoje, não existe entre o Ministério da Educação e os professores e alunos. O MEC não quer sentar para negociar e está desrespeitando decisões da Justiça. Queremos lembrar também que os alunos estão em greve e têm uma pauta de reivindicação.
Folha - Mas continuar com a greve não prejudicaria o ano letivo?
Messina - Acho muito difícil que isso aconteça. Historicamente, nunca uma greve conseguiu cancelar o ano letivo. Nós não queremos perder aula, mas também não queremos uma reposição picareta. Queremos esperar o fim da greve para definir um calendário de reposições sério.
"A greve chegou ao seu limite"
O estudante de ciências sociais Bruno Filipo, 23, foi hoje ao IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da UFRJ na esperança de voltar a ter aulas, depois de 97 dias de paralisação. Ele diz ser a favor das reivindicações dos professores, mas afirma que toda a força que o movimento tinha já foi utilizada.
Folha - Por que a greve deveria acabar?
Bruno Filipo - A greve chegou a um estado no qual só vai prejudicar mais os alunos e desgastar a imagem dos professores, que já está desgastada. Não há mais perspectivas de acordo com o governo. Toda a força que o movimento tinha já foi utilizada. A greve chegou ao seu limite. Ou acontece o acordo ou o movimento fica sem sentido.
Folha - Mas você não considera justas as reivindicações?
Filipo - Sim. Nós sabemos que há defasagem do salário. Há também a necessidade de contratar mais professores. Atualmente, há muitos professores substitutos no IFCS, assim como em toda a UFRJ. A turma de calouros de ciências sociais chegou a ficar um mês sem professor. Mas, apesar disso, a greve está causando um desgaste muito grande.
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