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02/02/2002
-
07h28
da Folha Ribeirão
Três pessoas foram presas na manhã de ontem, em Itápolis, sob acusação de comandar uma quadrilha que fraudava vestibulares em pelo menos quatro Estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Na lista encontrada pela polícia na casa dos acusados há sete instituições que podem ter sido vítimas de fraude nas provas de vestibular realizadas no mês passado e no final de 2001 - entre elas a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), a Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) e a Unitau (Universidade de Taubaté).
No caso da Unitau, a quadrilha seria a responsável pela tentativa de fraude descoberta no domingo passado.
Segundo o delegado Luís Carlos Agudo, 33, o líder do grupo detido ontem - o dentista João Paulo Martinez Sgarbi, 43 - já havia sido preso em 1997, também acusado de tentar fraudar o vestibular da Unaerp. "Sgarbi era o mentor da quadrilha e quem realizava as transações comerciais", disse.
Ainda segundo o delegado, o grupo cobrava R$ 20 mil por vaga conseguida. Utilizava dois tipos de atuação. No primeiro, a foto da carteira de identidade do candidato era substituída pela de um membro da quadrilha. Altamente qualificada, essa pessoa fazia a prova em seu lugar e não tinha dificuldades em ser aprovada para o curso de medicina, por exemplo.
No outro método, o candidato era auxiliado na hora da realização do vestibular por meio de pontos eletrônicos.
A investigação, segundo o delegado, começou há um mês, após denúncia de que Sgarbi continuava cometendo fraudes. Com autorização judicial, as ligações telefônicas dos suspeitos começaram a ser gravadas. Os detalhes do esquema foram obtidos assim.
Além de Sgarbi, a polícia prendeu ainda a mulher dele, Sandra Sgarbi, 42, e o motorista José Barbosa Santos, 46.
A polícia pediu a quebra dos sigilos telefônico e bancário dos acusados. Com as listas, a polícia pretende identificar os "clientes".
Até agora, os policiais conseguiram uma lista de 12 nomes de pessoas que compraram as vagas. A polícia também apreendeu cédulas de identidades de candidatos e telefones celulares.
A possível fraude no vestibular da Unaerp seria a terceira nos últimos cinco anos. A assessoria de imprensa da instituição informou que possui um grande aparato de segurança nos vestibulares.
Leia mais
Polícia aguarda lista de telefones de fraudadores
Unaerp tem segurança reforçada
Unitau teve caso semelhante de fraude
"Quadrilha do vestibular" é presa em Itápolis
ROGÉRIO PAGNANda Folha Ribeirão
Três pessoas foram presas na manhã de ontem, em Itápolis, sob acusação de comandar uma quadrilha que fraudava vestibulares em pelo menos quatro Estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Na lista encontrada pela polícia na casa dos acusados há sete instituições que podem ter sido vítimas de fraude nas provas de vestibular realizadas no mês passado e no final de 2001 - entre elas a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), a Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) e a Unitau (Universidade de Taubaté).
No caso da Unitau, a quadrilha seria a responsável pela tentativa de fraude descoberta no domingo passado.
Segundo o delegado Luís Carlos Agudo, 33, o líder do grupo detido ontem - o dentista João Paulo Martinez Sgarbi, 43 - já havia sido preso em 1997, também acusado de tentar fraudar o vestibular da Unaerp. "Sgarbi era o mentor da quadrilha e quem realizava as transações comerciais", disse.
Ainda segundo o delegado, o grupo cobrava R$ 20 mil por vaga conseguida. Utilizava dois tipos de atuação. No primeiro, a foto da carteira de identidade do candidato era substituída pela de um membro da quadrilha. Altamente qualificada, essa pessoa fazia a prova em seu lugar e não tinha dificuldades em ser aprovada para o curso de medicina, por exemplo.
No outro método, o candidato era auxiliado na hora da realização do vestibular por meio de pontos eletrônicos.
A investigação, segundo o delegado, começou há um mês, após denúncia de que Sgarbi continuava cometendo fraudes. Com autorização judicial, as ligações telefônicas dos suspeitos começaram a ser gravadas. Os detalhes do esquema foram obtidos assim.
Além de Sgarbi, a polícia prendeu ainda a mulher dele, Sandra Sgarbi, 42, e o motorista José Barbosa Santos, 46.
A polícia pediu a quebra dos sigilos telefônico e bancário dos acusados. Com as listas, a polícia pretende identificar os "clientes".
Até agora, os policiais conseguiram uma lista de 12 nomes de pessoas que compraram as vagas. A polícia também apreendeu cédulas de identidades de candidatos e telefones celulares.
A possível fraude no vestibular da Unaerp seria a terceira nos últimos cinco anos. A assessoria de imprensa da instituição informou que possui um grande aparato de segurança nos vestibulares.
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