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06/02/2002 - 07h26

Mais seis pessoas de Itápolis são acusadas de fraudar vestibular

ROGÉRIO PAGNAN
da Folha Ribeirão

A Polícia Civil de Itápolis identificou mais seis pessoas acusadas de participarem de uma quadrilha que fraudava vestibulares de medicina em pelo menos quatro Estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Três pessoas já haviam sido presas na semana passada.

De acordo com o delegado Luís Carlos Agudo, 33, foram identificados mais dois líderes do grupo e quatro "pilotos" (pessoas que realizavam as provas no lugar dos candidatos). "Acreditamos que essa seja toda a quadrilha", disse.

Os dois líderes seriam Sandro Eli Pereira dos Santos, de Goiânia, e Luiz Matos Filho, de São Paulo. Este, segundo a polícia, já teria respondido por formação de quadrilha e fraude de vestibular em Ribeirão, em 1998.

Agudo disse não poder informar os nomes dos "pilotos", mas dois seriam de Fortaleza (CE), um de Curitiba (PR) e outro de São Carlos.

A polícia informou ter encontrado indícios de que o vestibular da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) tenha sido fraudado. Entre os documentos apreendidos na semana passada, os policiais encontraram recibos de despesas de R$ 480 de um "piloto" que veio a Ribeirão para realizar provas no vestibular da Unaerp.

"Ainda não sabemos quando ele esteve em Ribeirão porque não há datas. Em princípio, seria no último vestibular e tudo leva a crer que ele chegou a realizar a prova", disse o delegado.

A Unaerp informou na semana passada que dificilmente seu vestibular foi fraudado porque há uma série de medidas de segurança para evitar o "clone de candidato" ou o envio de respostas por meio de pontos eletrônicos.

O delegado afirmou também que o inquérito foi dividido em dois - um deles será concentrado nas três pessoas que já estão presas; o outro, nos que estão em liberdade, incluindo os "pilotos".

A polícia ainda não pediu a quebra do sigilo bancário dos acusados, o que deve ser feito somente na próxima semana.

Fraude
A investigação sobre a quadrilha começou há um mês, quando a polícia recebeu informações de que João Paulo Martinez Sgarbi, preso em 1997 por tentativa de fraude no vestibular da Unaerp, continuava atuando.

Com a permissão da Justiça para grampear os telefones de Sgarbi, os policiais conseguiram comprovar as suspeitas e identificar os outros acusados. Além de Sgarbi também foram presos sua mulher, Sandra Sgarbi, 42, e o motorista José Barbosa Santos, 46.

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