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18/04/2002
-
10h02
da Folha de S.Paulo
Até que seria bom, mas não existe uma receita pronta de como passar no vestibular que seja válida para todos. O mais importante é perceber as individualidades e saber respeitá-las.
Estudar com o som ligado, por exemplo, não é algo prejudicial, desde que isso não tire a concentração do vestibulando. Esse é o caso de João Umberto Ciocca, 18, que vai tentar uma vaga em engenharia. "Não consigo ficar sem o rádio, mas isso não me atrapalha." Ele, que gosta de estudar sozinho, também prefere repassar as matérias durante a noite e afirma que não sente sono durante os estudos. "À noite estou mais relaxado, mas não durmo em cima dos livros", afirma ele.
"Cada um tem o seu próprio jeito de estudar", afirma João Carvalho Filho, coordenador do Etapa. Segundo ele, isso vale também para a carga horária de cada um. "Tem gente que só de assistir à aula já aprende, tem gente que precisa estudar por horas. O aluno tem que perceber suas necessidades."
Segundo a psicopedagoga Sílvia Amaral de Mello, é importante que o candidato faça pequenas pausas quando sentir que o estudo não está rendendo. "Quando cansar, dê uma volta, vá comer alguma coisa, ou toque um instrumento musical." Ela recomenda também um pequeno cochilo após o almoço para que o vestibulando recupere a atenção. "Mas deve-se tomar cuidado para não dormir a tarde inteira."
Outra dica é montar um quadro de horários para organizar o estudo. As matérias que foram dadas em aula podem servir como guia do que estudar em casa, e as dúvidas devem ser anotadas para, depois, serem levadas ao professor.
"Eu sempre aconselho os estudantes a intercalar uma matéria de humanas com uma de exatas, com um pequeno intervalo entre elas", disse Antônio Mário Salles, coordenador do Objetivo.
Nos finais de semana, cada um deve estabelecer quanto deve estudar, principalmente se a matéria ficou acumulada durante a semana. Ana Carolina Castanheira, 17, por exemplo, aproveita o sábado para colocar os estudos em dia. "Mas, no domingo, tiro o dia inteiro de folga."
Nas matérias de humanas, uma boa forma de absorver o conteúdo é ler a teoria, grifá-la e fazer um resumo com os principais pontos. "Muitas vezes a apostila traz informações que são acessórias. Com um quadro de, no máximo, uma página, fica mais fácil resolver os exercícios", disse Edson Futema, coordenador do cursinho da Poli. Na área de exatas, como a parte teórica é menor, o maior esforço deve ficar na resolução dos exercícios, e não na tentativa de decorar fórmulas. "Depois de resolver 20 problemas do mesmo assunto, a pessoa acaba sabendo a fórmula e de maneira mais eficiente", disse Carvalho.
Grupos de estudo também podem ser úteis para quem não se importa com o barulho e a movimentação de pessoas. "O estudante tem que tomar cuidado com os grupos, para que não vire brincadeira. Tem de render, senão, é melhor ficar sozinho", disse Salles, do Objetivo.
Priscila Barile, 18, Sérgio Saraiva Júnior, 17, André Truszko, 18, e Mauro Oba, 18, estudam à tarde no cursinho. Cada um deles tem mais facilidade em uma matéria e ajuda os que têm mais dificuldade. "Com os colegas é mais fácil entender porque eles usam a nossa linguagem", disse Saraiva.
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"Cada um tem o seu próprio jeito de estudar", diz professor
ANDRÉ NICOLETTIda Folha de S.Paulo
Até que seria bom, mas não existe uma receita pronta de como passar no vestibular que seja válida para todos. O mais importante é perceber as individualidades e saber respeitá-las.
Estudar com o som ligado, por exemplo, não é algo prejudicial, desde que isso não tire a concentração do vestibulando. Esse é o caso de João Umberto Ciocca, 18, que vai tentar uma vaga em engenharia. "Não consigo ficar sem o rádio, mas isso não me atrapalha." Ele, que gosta de estudar sozinho, também prefere repassar as matérias durante a noite e afirma que não sente sono durante os estudos. "À noite estou mais relaxado, mas não durmo em cima dos livros", afirma ele.
"Cada um tem o seu próprio jeito de estudar", afirma João Carvalho Filho, coordenador do Etapa. Segundo ele, isso vale também para a carga horária de cada um. "Tem gente que só de assistir à aula já aprende, tem gente que precisa estudar por horas. O aluno tem que perceber suas necessidades."
Segundo a psicopedagoga Sílvia Amaral de Mello, é importante que o candidato faça pequenas pausas quando sentir que o estudo não está rendendo. "Quando cansar, dê uma volta, vá comer alguma coisa, ou toque um instrumento musical." Ela recomenda também um pequeno cochilo após o almoço para que o vestibulando recupere a atenção. "Mas deve-se tomar cuidado para não dormir a tarde inteira."
Outra dica é montar um quadro de horários para organizar o estudo. As matérias que foram dadas em aula podem servir como guia do que estudar em casa, e as dúvidas devem ser anotadas para, depois, serem levadas ao professor.
"Eu sempre aconselho os estudantes a intercalar uma matéria de humanas com uma de exatas, com um pequeno intervalo entre elas", disse Antônio Mário Salles, coordenador do Objetivo.
Nos finais de semana, cada um deve estabelecer quanto deve estudar, principalmente se a matéria ficou acumulada durante a semana. Ana Carolina Castanheira, 17, por exemplo, aproveita o sábado para colocar os estudos em dia. "Mas, no domingo, tiro o dia inteiro de folga."
Nas matérias de humanas, uma boa forma de absorver o conteúdo é ler a teoria, grifá-la e fazer um resumo com os principais pontos. "Muitas vezes a apostila traz informações que são acessórias. Com um quadro de, no máximo, uma página, fica mais fácil resolver os exercícios", disse Edson Futema, coordenador do cursinho da Poli. Na área de exatas, como a parte teórica é menor, o maior esforço deve ficar na resolução dos exercícios, e não na tentativa de decorar fórmulas. "Depois de resolver 20 problemas do mesmo assunto, a pessoa acaba sabendo a fórmula e de maneira mais eficiente", disse Carvalho.
Grupos de estudo também podem ser úteis para quem não se importa com o barulho e a movimentação de pessoas. "O estudante tem que tomar cuidado com os grupos, para que não vire brincadeira. Tem de render, senão, é melhor ficar sozinho", disse Salles, do Objetivo.
Priscila Barile, 18, Sérgio Saraiva Júnior, 17, André Truszko, 18, e Mauro Oba, 18, estudam à tarde no cursinho. Cada um deles tem mais facilidade em uma matéria e ajuda os que têm mais dificuldade. "Com os colegas é mais fácil entender porque eles usam a nossa linguagem", disse Saraiva.
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