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17/03/2005
-
10h49
FLÁVIA MANTOVANI
Colaboração para a Folha
MARCOS DÁVILA
da Folha de S. Paulo
Quando vai a um supermercado, a estudante de geografia Gabriela Otero toma algumas precauções para fazer as compras. No seu carrinho, não entram alimentos transgênicos nem produtos embalados em bandejas de isopor. Folhas verdes, só se forem orgânicas ou hidropônicas. Tudo é carregado em sacolas plásticas que ela leva de casa. Ao lavar frutas e verduras, ela se preocupa em não gastar muita água. Ao se desfazer das embalagens, separa o lixo reciclável e envia para a coleta seletiva.
Gabriela pode ser considerada uma "consumidora consciente", ou seja, uma pessoa que busca a harmonia entre a sua satisfação, a preservação do ambiente e o bem-estar social.
O maior representante desse movimento no Brasil é o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente (www.akatu.org.br). "Todos os dias fazemos escolhas ao comprar um produto ou serviço e ao decidir a forma de usá-lo e de descartá-lo. Temos responsabilidade até o fim. Para isso, precisamos de informação séria e fundamentada", diz Maluh Barciotte, gerente de mobilização social do instituto.
Segundo Barciotte, o Akatu trabalha na linha de "pequenos gestos, grandes transformações". "Buscamos mostrar para as pessoas que elas são protagonistas. Uma ação pequena feita durante muito tempo por alguém já tem um efeito fantástico. Quando é feita por muitas pessoas, o impacto é maior ainda", diz. Além disso, trabalha-se com a idéia de que o consumidor consciente age conscientemente em vários setores de sua vida, interferindo, por exemplo, nas políticas públicas.
Em 2002, o instituto realizou uma pesquisa para detectar se o brasileiro consome com consciência. Foram ouvidas 1.200 pessoas com idades entre 18 e 74, moradoras de nove regiões metropolitanas e duas capitais do país.
Os entrevistados tinham que responder a freqüência com que adotam 13 comportamentos -evitar deixar lâmpadas acesas em ambientes desocupados, usar o verso de folhas de papel já utilizadas e separar o lixo para reciclagem, entre outros.
De acordo com as respostas, os entrevistados foram classificados em quatro grupos: 3% foram considerados individualistas (que adotam no máximo dois comportamentos), 54% iniciantes (de três a sete comportamentos), 37% comprometidos (de oito a dez) e 6% conscientes (de 11 a 13).
Barciotte diz que o número de consumidores conscientes vem crescendo e que há menos preconceito contra eles. No entanto, ela observa que ainda tem gente que acha que quem se preocupa com a questão ambiental é "ecochato" ou "nerd". "Na verdade, são apenas pessoas que percebem que não há separação entre o homem e o ambiente e que preservar a natureza é melhor para todos, inclusive para elas."
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Colaboração para a Folha
MARCOS DÁVILA
da Folha de S. Paulo
Quando vai a um supermercado, a estudante de geografia Gabriela Otero toma algumas precauções para fazer as compras. No seu carrinho, não entram alimentos transgênicos nem produtos embalados em bandejas de isopor. Folhas verdes, só se forem orgânicas ou hidropônicas. Tudo é carregado em sacolas plásticas que ela leva de casa. Ao lavar frutas e verduras, ela se preocupa em não gastar muita água. Ao se desfazer das embalagens, separa o lixo reciclável e envia para a coleta seletiva.
Gabriela pode ser considerada uma "consumidora consciente", ou seja, uma pessoa que busca a harmonia entre a sua satisfação, a preservação do ambiente e o bem-estar social.
O maior representante desse movimento no Brasil é o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente (www.akatu.org.br). "Todos os dias fazemos escolhas ao comprar um produto ou serviço e ao decidir a forma de usá-lo e de descartá-lo. Temos responsabilidade até o fim. Para isso, precisamos de informação séria e fundamentada", diz Maluh Barciotte, gerente de mobilização social do instituto.
Segundo Barciotte, o Akatu trabalha na linha de "pequenos gestos, grandes transformações". "Buscamos mostrar para as pessoas que elas são protagonistas. Uma ação pequena feita durante muito tempo por alguém já tem um efeito fantástico. Quando é feita por muitas pessoas, o impacto é maior ainda", diz. Além disso, trabalha-se com a idéia de que o consumidor consciente age conscientemente em vários setores de sua vida, interferindo, por exemplo, nas políticas públicas.
Em 2002, o instituto realizou uma pesquisa para detectar se o brasileiro consome com consciência. Foram ouvidas 1.200 pessoas com idades entre 18 e 74, moradoras de nove regiões metropolitanas e duas capitais do país.
Os entrevistados tinham que responder a freqüência com que adotam 13 comportamentos -evitar deixar lâmpadas acesas em ambientes desocupados, usar o verso de folhas de papel já utilizadas e separar o lixo para reciclagem, entre outros.
De acordo com as respostas, os entrevistados foram classificados em quatro grupos: 3% foram considerados individualistas (que adotam no máximo dois comportamentos), 54% iniciantes (de três a sete comportamentos), 37% comprometidos (de oito a dez) e 6% conscientes (de 11 a 13).
Barciotte diz que o número de consumidores conscientes vem crescendo e que há menos preconceito contra eles. No entanto, ela observa que ainda tem gente que acha que quem se preocupa com a questão ambiental é "ecochato" ou "nerd". "Na verdade, são apenas pessoas que percebem que não há separação entre o homem e o ambiente e que preservar a natureza é melhor para todos, inclusive para elas."
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