Publicidade
Publicidade
Primeira equipe de saltadores de corda no Brasil dissemina a prática em ruas e parques
Publicidade
IARA BIDERMAN
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Ainda em busca daquela atividade física fácil de praticar e que traga prazer e resultados visíveis? Pode se jogar: com uma corda e um par de tênis, é possível descobrir o atleta adormecido em você. Ou, no mínimo, gastar algumas calorias e se divertir bastante, sem ter perdido quase nada --como o dinheiro da matrícula na academia ou a compra de equipamentos e roupas especiais.
Alex Almeida/Folha Imagem |
Willians de Oliveira, do grupo Corda de Rua, em evento no parque Villa-Lobos, em São Paulo |
Pular corda faz parte dos programas de treinamento de várias modalidades --o boxe, especialmente, utiliza muito o exercício. Mas, no Brasil, a atividade ainda não é considerada um esporte. Se depender do grupo Corda de Rua, a primeira equipe de saltadores de corda do país, a situação vai mudar. Há duas semanas, seus integrantes começaram a pular de parque em parque na capital de São Paulo, com o intuito de divulgar a corda como esporte. E, também, com a proposta de atrair adeptos amadores.
No último domingo, 13/4, a turma se reuniu no parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo. Às dez da manhã, com o sol já forte, começaram o "esquenta". Uns saltinhos aqui, uma corda individual ali, e logo duas pessoas assumem as pontas de uma corda mais longa e começam a bater. É sinal de que o show vai começar -sim, show, pois, quando entram dois ou mais para fazer saltos acrobáticos ou quando a turma toda começa a pular de forma sincronizada, a apresentação ganha força de espetáculo.
A idéia é mesmo atrair os olhares e o interesse do público que aproveita o domingão no parque. Funciona. Quem está passando faz uma pausa para admirar as acrobacias. Como a curiosidade é a mãe do marketing, outros vão se juntando para descobrir o que está acontecendo. É a deixa para o Corda de Rua convidar o público a arriscar seus pulinhos.
"Queremos mostrar que pular corda é um esporte gostoso e fácil de praticar. Não precisa de equipamento além de uma corda simples (até improvisada), pode ser feito em todo lugar e por qualquer um", diz Ana Sato, idealizadora e fundadora do grupo.
Formada em educação física pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Sato conheceu o esporte, internacionalmente chamado de "rope skipping", em um evento de ginástica na Itália, em 2000. De volta ao Brasil, reuniu colegas da faculdade com a idéia de formar uma equipe brasileira da modalidade. Mas, por aqui, diferentemente do que acontece na Europa e na América do Norte, não há nada oficial --incluindo equipes de clubes e campeonatos- relacionado a pular corda. Em compensação, por ser uma brincadeira infantil muito popular no país, Sato teve a idéia de difundir o esporte como uma forma de incentivar amadores a se exercitarem.
Segundo Paulo Zogaib, professor de medicina esportiva da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), não há mesmo grandes restrições para começar a pular corda. Principalmente se levarmos em conta que quase todo mundo já fez isso na infância e que, pelas características da atividade, a pessoa acaba obedecendo, naturalmente, ao ritmo e aos limites do corpo. "O nível de adaptação do organismo é global", diz Zogaib.
O principal benefício da atividade é melhorar o condicionamento cardiovascular. Além disso, ela trabalha coordenação, equilíbrio e agilidade. "Também melhora o sistema muscular, especialmente dos membros inferiores", diz o professor da Unifesp.
Ele compara os benefícios aos da caminhada, do trote leve e da corrida. Os primeiros pulos representariam um gasto energético similar ao do ato de caminhar e assim por diante. "Em média, acho que pular corda de maneira leve representa um gasto de 300 a 350 calorias por hora. À medida que aumenta a velocidade e são introduzidos saltos maiores, pode chegar a mais de 500 kcal/h. Mas, como o ritmo aumenta e diminui constantemente, isso seria o gasto máximo. O gasto médio deve ser algo entre 400 e 450 kcal/h", avalia Zogaib.
Para manter o ritmo e o pique, os integrantes do Corda de Rua capricham na trilha sonora. Do hip hop ao maracatu, a música estimula os puladores e reforça o tom pop e de cultura de rua da atividade. Atrai também diversas tribos. Nos eventos que realizaram nos parques de São Paulo, skatistas e patinadores entraram na roda -ou melhor, na corda- incorporando às acrobacias pulos com skate e patins.
Mais informações no site: www.cordaderua.org
Leia mais
- Saiba que exercícios gastam mais calorias
- Pular de galho em galho é novo esporte
- Em visita ao Brasil, criador da biodança aponta alguns mitos sobre o método
- Abandonar e recomeçar exercícios com frequência pode causar aumento de peso
- Chega de preguiça: aprenda a praticar ioga, pilates, caminhada e alongamento
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sete coisas que talvez você não saiba sobre as estrias
- Campeões em insônia, idosos precisam de atividades para dormir melhor
- É possível perder 2 centímetros de gordura abdominal em 4 semanas?
- SOS Mau Hálito: dentistas usam até laser para tentar resolver o problema
- Descoberta nova forma de detecção precoce de câncer no pâncreas
+ Comentadas
- Método permite ler mente de pessoas 'presas' nos próprios corpos
- Meninas de 6 anos já não se acham inteligentes e desistem de atividades
+ EnviadasÍndice