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30/03/2006 - 12h07

Saiba como preservar funções cardiovasculares e cerebrais

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IARA BIDERMAN
Colaboração para a Folha de S. Paulo

Para cuidar do coração, use a cabeça; para manter a cabeça boa, cuide do coração. Esse é o mandamento conclusivo das duas séries de dez mandamentos apuradas pela Folha para quem quer manter a saúde cardiovascular e a mental.

Para fazer esse levantamento, foram ouvidos 20 profissionais das áreas de cardiologia, neurologia, endocrinologia, psiquiatria, geriatria, psicologia, nutrição e esportes. As respostas foram espontâneas: os itens da lista não foram sugeridos pela reportagem, cada especialista relacionou o que considera mais importante. Depois, as respostas foram comparadas e os decálogos foram montados com os mandamentos mais citados.

No capítulo coração, ressaltou-se que usar a cabeça --ou o bom senso-- é a melhor forma de prevenção. Parece fácil, mas não é o que acontece.
Apesar de a cartilha dos cuidados para o coração ser bastante divulgada, os médicos acreditam que ela é pouco utilizada. A prova disso é que, nos últimos 60 anos, triplicou o número de mortes causadas por doenças cardiovasculares no Brasil. E, segundo uma pesquisa da Universidade de Columbia (EUA), patrocinada pelo Banco Mundial, prevê-se que em 2020 o Brasil será o país campeão do mundo em mortes por causas cardiovasculares.

Nos mandamentos relativos à mente, o aspecto mais marcante das respostas dos profissionais de saúde foi a valorização dos cuidados "não-físicos". Cuidar dos afetos e cultivar a espiritualidade, por exemplo, foram itens tão citados quanto cuidar da alimentação ou praticar atividades físicas.

Segundo os especialistas ouvidos, para uma cabeça saudável vale mais uma boa filosofia de vida do que qualquer remédio ou alimento dito milagroso --que, por sinal, ainda não foram descobertos.

Algumas dessas substâncias promissoras estão relacionadas na parte dedicada às questões mais ou menos polêmicas relativas à saúde do coração e da mente. Foram levantados conceitos, descobertas e hipóteses que são objetos de pesquisa científica, mas ainda não são consenso entre os médicos. Alguns deles podem se provar realmente eficazes, outros podem ser definitivamente descartados. Mas, por enquanto, não estão gabaritados para fazer parte das listas dos "mandamentos".

Fontes: Acari Souza Bulle Oliveira, coordenador do Laboratório de Doenças Neuromusculares da disciplina de neurologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Ademir Batista, neurologista especialista em sono da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Alessandra Macedo, nutricionista do serviço de nutrição e dietética do Incor-HCFMUSP (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo); Alexandrina Meleiro, psiquiatra do IPq-HC (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo); Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR (International Stress Management Association, Brasil); Benito Pereira Damasceno, professor titular de neurologia e neuropsicologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Carlos Serrano Jr., diretor da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia); Cybele Maria da Costa Diniz, coordenadora do Ambulatório de Psicogeriatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Dorli Kankhagi, psicanalista e coordenadora de grupos de trabalho do IPq-HC (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo); Eduardo Ferreira Santos, psiquiatra e psicoterapeuta, supervisor do serviço de psicoterapia do IPq-HC (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo); Ivan Izquierdo, neurocientista, diretor do Centro de Memória da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); José Marconi Almeida de Souza, cardiologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); José Roberto Leite, coordenador da Unidade de Medicina Comportamental do departamento de psicobiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Liliana Bricarello, nutricionista do setor de lípides da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e professora do Centro Universitário São Camilo (SP); Maria Urbana Rondon, doutora em educação física e professora da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Incor-HCFMUSP (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo); Mayra Novello, cardiologista do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro); Osvaldo Kohlman Jr., conselheiro científico da SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão); Raul Dias Santos, diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Incor-HCFMUSP (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo); Robson Santos, presidente da SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão) e pesquisador da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais); Walter Minicucci, vice-presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes)

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