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18/05/2006 - 10h07

Quem sofre com artrite e artrose sente mais mudança climática

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TATIANA DINIZ
da Folha de S.Paulo

"O melhor previsor do tempo seria um doente reumático. Ele sente no corpo que o tempo vai virar, avisa e acerta", observa Evelin Goldenberg, doutora em reumatologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

A artrose --processo de desgaste das articulações--, quadro que freqüentemente acomete idosos, é uma grande vilã nesta época do ano. A artista plástica Therezinha Mattos, 74, que tem artrose no quadril, conta que chega a ser despertada pelas dores nas madrugadas frias. "No calor, é mais suportável. Nas horas de crise, tomo analgésicos e uso regularmente uma fórmula para refazer as cartilagens. Vou fazer hidroginástica para buscar alívio", conta.

Quem tem artrite reumatóide também sofre mais. "Sinto muito com a mudança climática. É quando não dá para ficar sem remédios", afirma a dona-de-casa Edna Morandini.

Fraturas

"Quando começa a esfriar, meus pacientes começam a voltar incomodados. Muitos que estavam sumidos aparecem no inverno", comenta o fisioterapeuta Angelo Roberto Gonçalves, professor do Centro Universitário São Camilo. Ele costuma recomendar sessões de fisioterapia e de hidroterapia para atenuar o desconforto de quem tem fraturas recentes ou antigas que se tornam doloridas com a mudança de estação.

O gerente de operações Alberto Pontes, fraturou a bacia em julho de 2005, mas sente até hoje. "É um inferno, incomoda muito. Durante a noite, chega a atrapalhar o sono. Evito tomar remédios porque os médicos dizem que isso é comum. Uso bolsas de água quente e tento ser paciente."

Paciência também é a receita do artista plástico Lourival Batista, que fraturou a mão no início deste ano. "Chego a perder um pouco os movimentos. Então tento mexer a mão, aquecer."

Sérgio Mainine, doutor em ortopedia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e professor de ortopedia da Faculdade de Medicina do ABC, explica que as queixas de dores ósseas podem estar relacionadas à constrição vascular.

"A recuperação de uma fratura é um processo de cicatrização semelhante ao que ocorre na pele. No local em recuperação, há uma hipervascularização. Se a circulação diminui, o paciente sente", esclarece o especialista, que recomenda aplicações locais de calor para quem quer obter alívio.

"Na realidade, essas dores são temporárias. Há quem recorra a analgésicos e antiinflamatórios, mas as compressas quentes trazem ótimos resultados porque estimulam a irrigação e relaxam a musculatura", diz Mainine.

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