Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/04/2010 - 10h52

Site brasileiro vende 80 ampolas de "droga antigordura" por semana

Publicidade

FERNANDA BASSETTE
da Reportagem Local

O brasileiro dono dos sites que comercializam as substâncias fosfatidilcolina (lipostabil) e desoxicolato de sódio (lipoblaste)
é um administrador de empresas que mora em Fortaleza (CE) e atua no ramo de venda de produtos estéticos há cerca de cinco anos. Ele afirmou ontem que foi pego de surpresa com a proibição.

EUA alertam contra droga proibida que "dissolve" gordura
Governo aponta abuso na prescrição de emagrecedor
Médicos dos EUA divergem sobre cirurgia bariátrica em jovens

Os dois sites, totalmente em inglês, oferecem cerca de 30 produtos indicados para uso estético. Na tarde de ontem, em um deles, um kit com dez ampolas de lipostabil e um creme anestésico era vendido por US$ 540 (cerca de R$ 960).

Horas depois de conceder uma entrevista à Folha por telefone, Ricardo Vieira Rego retirou do ar os dois produtos. "Até segunda ordem, vou suspender a venda. Fui pego de surpresa com essa informação e vou procurar saber o que aconteceu", afirmou.

O administrador disse que vende os produtos para outros países, sendo os Estados Unidos o principal consumidor. "Não vendo essas substâncias para o Brasil, porque a comercialização aqui está proibida desde 2003", disse.

Rego explicou que seus clientes são dermatologistas e donos de clínicas estéticas. "Os que mais compram ficam na Flórida e na Califórnia", afirmou o administrador.

De acordo com Rego, os clientes fazem a encomenda pelo site e ele compra os produtos em farmácias de manipulação que ficam nos EUA. "Os meus fornecedores ficam lá [nos EUA], eu sou apenas o sistema que faz a venda", diz.

Ele diz que costuma vender para os EUA cerca de 80 ampolas por semana, ao custo de US$ 40 cada (R$ 71). Nos meses que antecedem o verão, as vendas aumentam para cerca de 180 ampolas por semana.

Segundo o dermatologista Davi de Lacerda, do Hospital das Clínicas, o fato de as drogas serem proibidas para uso estético torna sua aplicação ainda mais perigosa, porque não há garantias da origem da matéria-prima usada.

Nos EUA, a agência reguladora de remédios afirmou ter recebido reclamações de pessoas com cicatrizes, deformações na pele e nódulos doloridos em áreas do corpo onde as injeções foram aplicadas.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página