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07/04/2006
-
10h26
RICARDO PERRONE
TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
Em pouco menos de quatro horas, os 17 mil ingressos para o jogo entre Santos e Portuguesa se esgotaram, ontem. Houve tumulto entre torcedores e policiais na Vila Belmiro e no escritório do clube em São Paulo, onde as 800 entradas acabaram em dez minutos.
A procura fez o Santos temer incidentes na partida que pode tirar o time da fila de 21 anos e quatro meses sem um título do Paulista.
Ontem, o presidente do clube, Marcelo Teixeira, convocou uma reunião com a Polícia Militar para otimizar o esquema de segurança proposto para a decisão. Cerca de 400 homens trabalharão no jogo --há a possibilidade de que o efetivo seja aumentado com policiais que atuam na capital paulista.
O temor do Santos é que haja uma invasão de torcedores sem ingressos na Vila Belmiro antes do jogo de domingo, causando a superlotação do estádio.
Outra medida adotada por Teixeira foi pedir a conselheiros e associados que evitem o acesso ao estádio de parentes e convidados portando somente credenciais.
Para também evitar tumultos pré-jogo, o Santos solicitou à TV Globo a liberação das imagens da partida contra a Portuguesa também para a Baixada Santista. O jogo previsto para a região é Ituano x São Paulo, em Mogi Mirim.
Teixeira pediu ao presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, que pedisse junto à Globo para que a medida fosse colocada em prática. O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, e a polícia local também entraram em contato com a emissora, argumentando que a liberação do sinal era uma questão de segurança pública.
O problema é o contrato que o clube assinou com a Globo e o setor de pay-per-view, cuja partida de domingo integra o pacote.
A Globo informou que, por questões técnicas, a transmissão ou não precisa ser decidida hoje.
O Santos vinha tomando precauções antes mesmo do rápido esgotamento dos ingressos. Tanto que colocou 3.000 bilhetes a menos que a capacidade total da Vila Belmiro, que é de 20 mil pessoas.
Segundo o clube, a venda de ingressos correu dentro do previsto e sem casos graves de violência.
Ao menos 10 mil dos 17 mil bilhetes colocados à venda não foram para os guichês da Vila Belmiro: 5.000 foram reservados para sócios, 3.000 foram cadeiras compradas por patrocinadores, mil foram enviados para venda em São Paulo, 500 foram para um dos patrocinadores e outros 500 para a torcida da Portuguesa.
Além disso, uma quantidade não divulgada de ingressos foi enviada para as torcidas organizadas. As filas ao redor da Vila Belmiro começaram a ser formadas às 6h, três horas antes da abertura das bilheterias. No pico de procura, perto das 10h, a fila chegava a dar três voltas na Vila Belmiro.
No término da venda, perto das 13h, os torcedores que estavam nas filas se revoltaram e protestaram até as 16h, mas apenas cantando gritos de guerra. Alguns torcedores tentaram invadir a Vila, mas foram contidos pela PM.
De acordo com o coronel Cláudio Marques Trovão, comandante da PM em Santos, entre 3.000 e 5.000 pessoas passaram pela Vila.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Santos
Leia mais notícias no especial do Campeonato Paulista-2006
Santos esgota ingressos e teme invasões
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TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
Em pouco menos de quatro horas, os 17 mil ingressos para o jogo entre Santos e Portuguesa se esgotaram, ontem. Houve tumulto entre torcedores e policiais na Vila Belmiro e no escritório do clube em São Paulo, onde as 800 entradas acabaram em dez minutos.
A procura fez o Santos temer incidentes na partida que pode tirar o time da fila de 21 anos e quatro meses sem um título do Paulista.
Ontem, o presidente do clube, Marcelo Teixeira, convocou uma reunião com a Polícia Militar para otimizar o esquema de segurança proposto para a decisão. Cerca de 400 homens trabalharão no jogo --há a possibilidade de que o efetivo seja aumentado com policiais que atuam na capital paulista.
O temor do Santos é que haja uma invasão de torcedores sem ingressos na Vila Belmiro antes do jogo de domingo, causando a superlotação do estádio.
Outra medida adotada por Teixeira foi pedir a conselheiros e associados que evitem o acesso ao estádio de parentes e convidados portando somente credenciais.
Para também evitar tumultos pré-jogo, o Santos solicitou à TV Globo a liberação das imagens da partida contra a Portuguesa também para a Baixada Santista. O jogo previsto para a região é Ituano x São Paulo, em Mogi Mirim.
Teixeira pediu ao presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, que pedisse junto à Globo para que a medida fosse colocada em prática. O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, e a polícia local também entraram em contato com a emissora, argumentando que a liberação do sinal era uma questão de segurança pública.
O problema é o contrato que o clube assinou com a Globo e o setor de pay-per-view, cuja partida de domingo integra o pacote.
A Globo informou que, por questões técnicas, a transmissão ou não precisa ser decidida hoje.
O Santos vinha tomando precauções antes mesmo do rápido esgotamento dos ingressos. Tanto que colocou 3.000 bilhetes a menos que a capacidade total da Vila Belmiro, que é de 20 mil pessoas.
Segundo o clube, a venda de ingressos correu dentro do previsto e sem casos graves de violência.
Ao menos 10 mil dos 17 mil bilhetes colocados à venda não foram para os guichês da Vila Belmiro: 5.000 foram reservados para sócios, 3.000 foram cadeiras compradas por patrocinadores, mil foram enviados para venda em São Paulo, 500 foram para um dos patrocinadores e outros 500 para a torcida da Portuguesa.
Além disso, uma quantidade não divulgada de ingressos foi enviada para as torcidas organizadas. As filas ao redor da Vila Belmiro começaram a ser formadas às 6h, três horas antes da abertura das bilheterias. No pico de procura, perto das 10h, a fila chegava a dar três voltas na Vila Belmiro.
No término da venda, perto das 13h, os torcedores que estavam nas filas se revoltaram e protestaram até as 16h, mas apenas cantando gritos de guerra. Alguns torcedores tentaram invadir a Vila, mas foram contidos pela PM.
De acordo com o coronel Cláudio Marques Trovão, comandante da PM em Santos, entre 3.000 e 5.000 pessoas passaram pela Vila.
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