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10/04/2006
-
10h55
FÁBIO SEIXAS
TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
Se seu time não ganha títulos há longo período, Vanderlei Luxemburgo é o nome mais indicado para encerrar o jejum.
Foi assim ontem, com o ponto final em uma fila de 21 anos, quatro meses e sete dias que o Santos amargava sem títulos paulistas.
Antes, Luxemburgo havia encerrado o mais negro período da história palmeirense, quando o time ficou quase 17 anos sem um troféu sequer.
Em 1993, turbinado pelos dólares da Parmalat, a equipe atropelou o Corinthians na decisão e rumou aos seus mais vitoriosos dias.
No próprio time do Parque São Jorge, Luxemburgo encerrou um ínterim de oito anos sem títulos brasileiros, em 1998. No Cruzeiro, equipe que assumiu em 2002, levou o clube ao seu primeiro troféu brasileiro em 2003.
Ontem, como costuma fazer quando conquista um título, Luxemburgo deixou o banco de reservas em direção ao vestiário com o jogo ainda em andamento. Aos 44 minutos do segundo tempo, toda a Vila Belmiro aplaudiu o "exterminador de filas".
Após o jogo, o técnico mirou os críticos, principalmente o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha.
"Ele disse que Santos servia para ir à praia. Agora ele tem de vir para cá para ver a taça de campeão paulista", ironizou. "Ele começou sua carreira no futebol comigo, aqui no Santos. Ele precisa nos respeitar mais."
A réplica veio a seguir. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o dirigente rebateu: "O Vanderlei parece criança. Nunca menosprezei o Santos. Sou sócio do Santos. Ele não é. Às vezes ele não tem inteligência para entender as brincadeiras que fazemos."
Polêmicas de lado, Luxemburgo ressaltou o crescimento do Santos ao longo do campeonato.
"Vencemos todas as etapas que precisávamos para chegar ao nível de São Paulo e Corinthians. Conseguimos isso no Paulista, mas ainda temos de trabalhar muito para superá-los em competição mais longa", reconheceu.
Elogios, muitos. "O Maldonado é um dos melhores volantes do mundo. Se ele fosse mais expansivo, certamente estaria na Europa. O grupo ficou fortalecido depois que decidi dispensar o Luizão, o Giovanni e o Cláudio Pitbull."
Críticas, também. "A mentalidade de algumas pessoas é duvidosa. Chega um jogador desconhecido e logo dizem que não presta. Ninguém espera para ver se o atleta consegue se adaptar à filosofia de trabalho. Falaram que eu fracassei no Real Madrid? Fracasso? Quando um treinador brasileiro conseguiu chegar aonde cheguei? Foi uma honra. Agora dizem que posso ir a outro grande clube europeu [o Paris Saint-Germain]. Isso é fracasso? Fico envaidecido, mas seguirei no Santos."
Constatação, uma: "Sou sim muito polêmico. E nunca vou deixar de ser".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Santos
Leia mais notícias no especial do Campeonato Paulista-2006
Luxemburgo encerra mais um jejum na carreira
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TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
Se seu time não ganha títulos há longo período, Vanderlei Luxemburgo é o nome mais indicado para encerrar o jejum.
Foi assim ontem, com o ponto final em uma fila de 21 anos, quatro meses e sete dias que o Santos amargava sem títulos paulistas.
Antes, Luxemburgo havia encerrado o mais negro período da história palmeirense, quando o time ficou quase 17 anos sem um troféu sequer.
Em 1993, turbinado pelos dólares da Parmalat, a equipe atropelou o Corinthians na decisão e rumou aos seus mais vitoriosos dias.
No próprio time do Parque São Jorge, Luxemburgo encerrou um ínterim de oito anos sem títulos brasileiros, em 1998. No Cruzeiro, equipe que assumiu em 2002, levou o clube ao seu primeiro troféu brasileiro em 2003.
Ontem, como costuma fazer quando conquista um título, Luxemburgo deixou o banco de reservas em direção ao vestiário com o jogo ainda em andamento. Aos 44 minutos do segundo tempo, toda a Vila Belmiro aplaudiu o "exterminador de filas".
Após o jogo, o técnico mirou os críticos, principalmente o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha.
"Ele disse que Santos servia para ir à praia. Agora ele tem de vir para cá para ver a taça de campeão paulista", ironizou. "Ele começou sua carreira no futebol comigo, aqui no Santos. Ele precisa nos respeitar mais."
A réplica veio a seguir. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o dirigente rebateu: "O Vanderlei parece criança. Nunca menosprezei o Santos. Sou sócio do Santos. Ele não é. Às vezes ele não tem inteligência para entender as brincadeiras que fazemos."
Polêmicas de lado, Luxemburgo ressaltou o crescimento do Santos ao longo do campeonato.
"Vencemos todas as etapas que precisávamos para chegar ao nível de São Paulo e Corinthians. Conseguimos isso no Paulista, mas ainda temos de trabalhar muito para superá-los em competição mais longa", reconheceu.
Elogios, muitos. "O Maldonado é um dos melhores volantes do mundo. Se ele fosse mais expansivo, certamente estaria na Europa. O grupo ficou fortalecido depois que decidi dispensar o Luizão, o Giovanni e o Cláudio Pitbull."
Críticas, também. "A mentalidade de algumas pessoas é duvidosa. Chega um jogador desconhecido e logo dizem que não presta. Ninguém espera para ver se o atleta consegue se adaptar à filosofia de trabalho. Falaram que eu fracassei no Real Madrid? Fracasso? Quando um treinador brasileiro conseguiu chegar aonde cheguei? Foi uma honra. Agora dizem que posso ir a outro grande clube europeu [o Paris Saint-Germain]. Isso é fracasso? Fico envaidecido, mas seguirei no Santos."
Constatação, uma: "Sou sim muito polêmico. E nunca vou deixar de ser".
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