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25/04/2006
-
10h47
da Folha de S.Paulo
No ano da Copa do Mundo, o governo do Irã decidiu derrubar a proibição de que mulheres possam ir aos estádios de futebol. O veto vigora desde a Revolução Islâmica, em 1979, quando foram criadas diversas medidas restritivas às mulheres.
A liberação foi anunciada segunda-feira via internet, no site oficial do governo iraniano. O presidente Mahmoud Ahmadinejad decretou o fim da proibição e informou que as mulheres poderão assistir aos jogos, mas em setores separados dos homens nos estádios.
Apesar da segregação, Ahmadinejad garantiu que as torcedoras ocuparão "alguns dos melhores lugares dos estádios". Além disso, o presidente disse que a presença de famílias vai "promover uma atmosfera mais saudável".
A proibição já havia sido abrandada em em 2001, quando a Irlanda enfrentou a seleção local em Teerã. Porém, apenas irlandesas puderam entrar no estádio.
Na Copa de 1998, a segunda disputada pelo país do Oriente Médio, algumas iranianas foram --usando véus-- aos jogos da seleção, na França. Na época, reclamaram de não poderem ir aos jogos no seu país.
Na fase de classificação, elas tinha protagonizado uma espécie de protesto contra a proibição: após a vitória sobre a Austrália, que classificou o país ao Mundial, cinco mil mulheres invadiram o estádio para comemorar. Algumas jogaram fora seus véus, descobrindo suas cabeças.
Não foi um fato isolado. No Irã, as mulheres são fãs de futebol. Apesar de não poderem ver as partidas, iam para a porta para pegar autógrafos dos jogadores.
Mas autoridades religiosas não viam com bons olhos essa aproximação entre homens e mulheres. Isso até a queda da proibição.
Ainda vigoram no Irã diversas limitações às mulheres, que não podem ser juízas e têm menos direitos na Justiça. Além disso, precisam de autorização de homens para trabalhar e viajar.
Em outros países árabes, como a Arábia Saudita, há mais restrições. As iranianas podem votar, o que não acontece em outros países da região.
Se no Irã as mulheres ganharam mais direitos, há discussões na Comunidade Européia sobre a discriminação delas, relacionada à Copa do Mundo.
Membros do parlamento europeu chegaram a pedir a exigência de vistos especiais para que mulheres entrassem na Alemanha durante o Mundial. Seu objetivo era reprimir a ida de prostitutas para aproveitar os turistas. Mas deputados de esquerda protestaram e impediram a medida.
Especial
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Governo do Irã libera presença de mulheres nos estádios
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No ano da Copa do Mundo, o governo do Irã decidiu derrubar a proibição de que mulheres possam ir aos estádios de futebol. O veto vigora desde a Revolução Islâmica, em 1979, quando foram criadas diversas medidas restritivas às mulheres.
A liberação foi anunciada segunda-feira via internet, no site oficial do governo iraniano. O presidente Mahmoud Ahmadinejad decretou o fim da proibição e informou que as mulheres poderão assistir aos jogos, mas em setores separados dos homens nos estádios.
Apesar da segregação, Ahmadinejad garantiu que as torcedoras ocuparão "alguns dos melhores lugares dos estádios". Além disso, o presidente disse que a presença de famílias vai "promover uma atmosfera mais saudável".
A proibição já havia sido abrandada em em 2001, quando a Irlanda enfrentou a seleção local em Teerã. Porém, apenas irlandesas puderam entrar no estádio.
Na Copa de 1998, a segunda disputada pelo país do Oriente Médio, algumas iranianas foram --usando véus-- aos jogos da seleção, na França. Na época, reclamaram de não poderem ir aos jogos no seu país.
Na fase de classificação, elas tinha protagonizado uma espécie de protesto contra a proibição: após a vitória sobre a Austrália, que classificou o país ao Mundial, cinco mil mulheres invadiram o estádio para comemorar. Algumas jogaram fora seus véus, descobrindo suas cabeças.
Não foi um fato isolado. No Irã, as mulheres são fãs de futebol. Apesar de não poderem ver as partidas, iam para a porta para pegar autógrafos dos jogadores.
Mas autoridades religiosas não viam com bons olhos essa aproximação entre homens e mulheres. Isso até a queda da proibição.
Ainda vigoram no Irã diversas limitações às mulheres, que não podem ser juízas e têm menos direitos na Justiça. Além disso, precisam de autorização de homens para trabalhar e viajar.
Em outros países árabes, como a Arábia Saudita, há mais restrições. As iranianas podem votar, o que não acontece em outros países da região.
Se no Irã as mulheres ganharam mais direitos, há discussões na Comunidade Européia sobre a discriminação delas, relacionada à Copa do Mundo.
Membros do parlamento europeu chegaram a pedir a exigência de vistos especiais para que mulheres entrassem na Alemanha durante o Mundial. Seu objetivo era reprimir a ida de prostitutas para aproveitar os turistas. Mas deputados de esquerda protestaram e impediram a medida.
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