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01/05/2006 - 09h22

Campeão, Popó quer revanche com algoz

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EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo, em Mashantucket (EUA)*

Momentos após Acelino Freitas, o Popó, bater o norte-americano Zahir Raheem por pontos na madrugada de domingo, sua equipe afirmou que um de seus próximos objetivos é a revanche contra Diego Corrales. Em 2004, o também americano tomou o cinturão dos leves do brasileiro, em sua primeira derrota profissional.

"Ele [Corrales] está correndo de nós", respondeu o técnico de Popó, o porto-riquenho Oscar Suarez, ao ser questionado sobre o rival, que em junho enfrenta o mexicano Jose Luis Castillo.

O promotor de Popó, o norte-americano Arthur Pelullo fez eco. "É isso o que nós queremos. Se Corrales tiver sorte o suficiente para passar por Castillo no terceiro combate entre os dois, vamos fazer a revanche com Popó."

Popó, no entanto, não comentou sobre o futuro durante a entrevista coletiva após a luta. Afirmou que seu plano era simplesmente retornar ao Brasil e reencontrar a mulher, Eliana, e o filho de sete meses, Acelino Popó.

O brasileiro conseguiu ontem recuperar o cinturão dos leves da Organização Mundial de Boxe.

O manager de Corrales, James Prince, ironizou a situação. Ao tomar conhecimento da declaração de Suarez e ser questionado se gostaria de fazer uma revanche, respondeu: "Amaríamos uma revanche. Vá falar com aquele homem [apontando para Pelullo]. Ele sempre diz 'não, não, não' para essa luta".

Mais tarde, Pelullo pediu para que deixassem Popó em paz, para que ele pudesse apreciar a conquista do cinturão. "Ele esteve afastado da família durante meses e acabou de fazer uma luta duríssima. Não é a hora de pressioná-lo com questões sobre o que fará no futuro", disse o americano.

A vitória de Popó na disputa pelo título vago aconteceu por pontos, ao fim de 12 assaltos. O combate com Raheem foi marcado pela catimba do rival, que usou clinches, cabeçadas, golpes na nuca e até empurrões para a lona.

Ao fim da luta, o baiano fez o suficiente para convencer dois dos três jurados de sua vitória (116 a 112, 115 a 113 e 113 a 115).

Na contagem realizada pela reportagem, o pugilista brasileiro ganhou oito assaltos e perdeu quatro.

"Não sei a que combate aquele jurado [Chuck Sammartino, que deu vantagem para o lutador americano] assistiu", lamentou Popó, 30, que mostrou durante o triunfo sobre Raheem, 29, uma mistura equilibrada de agressividade e técnica, mantendo, na maior parte do tempo, uma pressão controlada e constante.

Porém, em diversas oportunidades, ambos trocaram golpes mais potentes, que levaram perigo de um lado a outro.

Com a vitória, o cartel de Popó passou a registrar 38 vitórias, sendo 32 delas por nocaute, e uma derrota. Este é o quarto cinturão do brasileiro, que fora campeão superpena e leve anteriormente.

Também, pela primeira vez, o Brasil ostenta dois campeões mundiais de boxe simultaneamente --o outro é o pena Valdemir Pereira, o Sertão.

Raheem, que vinha de vitória importante sobre o ex-campeão Erik Morales, desceu do ringue com 27 vitórias e duas derrotas.

*O jornalista Eduardo Ohata viajou a convite da Banner Promotions

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