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05/05/2006 - 09h47

Palmeiras B tem desempenho melhor que o principal neste século

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PAULO GALDIERI
da Folha de S.Paulo

O quase centenário Palmeiras é conhecido mais como um clube comprador de revelações de times menores do que como um formador de jovens promessas. Mas o Palmeiras do século 21 contraria essa história e tem provado que pode valer a pena dar uma olhada mais demorada para o que aparece dentro de sua própria casa.

Nas últimas seis temporadas, os times palmeirenses forjados em casa têm sido melhores do que os formados à base de compras.

Nesses primeiros anos do século, quando o clube amarga um jejum de títulos importantes, o time B, criado para revelar e garimpar atletas que já tenham estourado o limite de idade para entrar nas categorias de base, ao lado de jovens promessas que precisem ganhar experiência antes de encarar a pressão de jogar campeonatos de maior expressão, tem sido mais eficiente do que a equipe A, que recebe as maiores atenções dentro e fora do Parque Antarctica.

De 2001 até a atual temporada, o aproveitamento de pontos do Palmeiras B tem sistematicamente superado o do time principal. As exceções limitam-se a 2003 e 2004 --coincidência ou não, anos em que o clube resolveu apostar na safra que vinha da equipe B em vez de bancar a contratação de jogadores já consagrados.

No ano em que disputou a Série B do Brasileiro e que resolveu apostar numa equipe formada por vários ex-integrantes do time B --como Vágner Love, Correa, Diego Souza e Alceu--, o Palmeiras A teve seu melhor aproveitamento do século: ficou com 66,7% dos pontos.

Em 2004, já com a cabeça voltada para contratações (chegaram ao clube jogadores como Osmar, Ricardinho e Adriano Chuva), o rendimento caiu para 57,6%.

Em contrapartida, a maior diferença de rendimento entre os dois Palmeiras acontece justamente nesta temporada, quando a diretoria do clube resolveu gastar para reforçar o time principal e contratou oito jogadores, entre eles, trintões que se destacaram em 2005, como Paulo Baier, no Goiás, e Edmundo, no Figueirense.

Com 15 vitórias em 32 jogos em 2006, o time apresenta até agora 54,2% de aproveitamento. Já o time B ganhou 65% dos pontos que disputou na Série A-2 do Campeonato Paulista.

Esse fenômeno também aconteceu no ano passado. Enquanto o Palmeiras A, reforçado ao longo de 2005 com Gamarra, Marcinho e Juninho, entre outros, alcançou pouco mais de 50% dos pontos, a equipe B foi ligeiramente melhor, com 52,1% de aproveitamento.

Foi nesse "segundo quadro", aliás, que a diretoria se apoiou para tentar amainar a crise que o clube atravessa, sobretudo após o péssimo início no Brasileiro, que teve como grande tragédia até agora a vexatória goleada de 6 a 1 sofrida para o Figueirense, que culminou com a demissão do até então intocável Emerson Leão.

Para comandar o time nas oitavas-de-final da Libertadores diante do então considerado favorito absoluto São Paulo, foi designado Marcelo Vilar. Ele não conseguiu levar o time adiante, mas deixou boa impressão na cúpula palmeirense, a ponto de capitalizar alguns votos a favor de sua permanência, assegurada pelo diretor de futebol, Salvador Hugo Palaia, pelo menos até domingo, quando pega o São Caetano no Brasileiro.

Muito disso porque Vilar fez o que Leão se recusava a fazer: apostou no time B para se reforçar e inscreveu o desconhecido Wendel e o zagueiro Thiago Gomes para os mata-matas do torneio continental. Ambos tiveram atuações elogiadas por conselheiros palmeirenses e devem seguir no time principal mesmo com a provável troca de comando.

Geninho, do Goiás, é o preferido para assumir o time. Ele conta com a simpatia da ala de dirigentes encabeçada pelo vice-presidente José Cyrillo Júnior. O nome de Antônio Lopes é defendido por Salvador Hugo Palaia.

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