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08/05/2006 - 09h45

Após clássico, jogadores do Corinthians são hostilizados pela torcida

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da Folha de S.Paulo

Os culpados foram os mesmos de novo. Na derrota por 3 a 1 para o São Paulo ontem, Coelho, Betão e Ricardinho se viram novamente crucificados, como já havia acontecido na eliminação da Libertadores na última quinta-feira contra o River Plate no Pacaembu.

O novo fiasco pode levar o time alvinegro a se refugiar em Maringá durante a semana para fugir dos revoltados fãs. No domingo, enfrenta o Paraná, em Maringá.

Ricardinho, que perdeu duas chances claras de gol, não demorou muito a ser hostilizado. No intervalo, a torcida gritou: "Parreira, preste atenção, o Ricardinho não merece a seleção".

O protesto se acentuou quando ele foi substituído no segundo tempo. O jogador, mais badalada contratação corintiana para esta temporada, deixou o gramado sob intensas vaias.

Coelho, que fez um gol contra no jogo com o River Plate, tampouco escapou da fúria. Visivelmente nervoso, também saiu mais cedo --cedeu lugar para Edson. "Coelho c..., fora do timão", berravam das arquibancadas.

O zagueiro Betão, que foi o melhor dos três em campo, foi o último jogador a deixar o gramado.

Bastante abatido, disse que o Corinthians é sua "casa".

"Eu tenho uma história no clube. O Corinthians não é uma profissão para mim, é uma casa. Estou aqui há 12 anos. Nesse momento, temos de nos apegar à família, que é quem nos conhece, porque acima de tudo, somos homens", disse o zagueiro.

"Acima de tudo temos de ter personalidade. Falo por mim e pelo Coelho. É triste, a mesma coisa que seus pais te mandarem embora de casa", falou ele.

Betão e Ricardinho estão entre os principais líderes do time. Os dirigentes corintianos têm se queixado que o primeiro nunca é substituído, apesar de suas freqüentes falhas, e o segundo não tem justificado o alto investimento feito para contratá-lo.

Em relação a Coelho, a queixa é de que o jogador é um assíduo frequentador de casas noturnas e que isso tem prejudicado seu desempenho em campo.

Ontem, ele não deu entrevistas, assim como Ricardinho, mas tem sinalizado que não pretende deixar o clube. Coelho também afirmou que, na noite da derrota para o River Plate, teve de tomar remédio para dormir.

"Nós temos de arrumar uma forma de resolver esse problema. Não podemos fugir da torcida, mas nossa integridade física deve ser preservada. Nós não matamos nem roubamos. Foi só uma partida de futebol", disse o goleiro Silvio Luiz, recém-chegado ao clube.

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