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12/05/2006 - 09h00

Sem Scolari e Parreira, Corinthians acerta com técnico "volátil"

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EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo

O projeto é ter um técnico para pelo menos três anos. Mas o escolhido tem como marca justamente a alta rotatividade no emprego.

Geninho, 57, é o novo técnico do Corinthians. Sua contratação foi acertada ontem pelo iraniano Kia Joorabchian, o chefão da MSI e dono da idéia de que o clube, na zona de rebaixamento no Brasileiro e eliminado da Taça Libertadores, precisa de um treinador estilo longa vida.

Em 22 anos de carreira como treinador, Geninho trocou de emprego 30 vezes, ou mais de uma vez a cada temporada. Ele nunca emendou dois Brasileiros seguidos no mesmo clube.

No próprio Corinthians, que comandou em 2003 e ganhou seu único Paulista, o treinador nascido em Ribeirão Preto durou só nove meses. O próprio Kia, em cuja gestão o time teve um técnico a cada inacreditáveis 21 jogos, parece não apostar que Geninho possa durar três anos no Parque São Jorge. Seu contrato vai apenas até o final de dezembro de 2007.

"É uma situação iminente. Temos 18 pontos a disputar [até o recesso do Brasileiro para a Copa]. Por mais que tivéssemos um plano de contar com um treinador dito por vocês [jornalistas] como notável, precisávamos de uma solução rápida", afirmou o diretor da MSI, Paulo Angioni.

Geninho é o sexto técnico da era MSI. Desde o ano passado, cinco treinadores dirigiram o clube: Tite, Daniel Passarella, Márcio Bittencourt, Antônio Lopes e Ademar Braga, que comandará a equipe pela última vez no domingo (contra o Paraná) e, depois, voltará a ser auxiliar.

O novo contratado, novamente, não era a opção desejada por Kia. O iraniano tentou, em vão, contratar Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão e Paulo Autuori. Sondou também o seu predileto, Luiz Felipe Scolari, mas sem sucesso. "Mas, no nosso conceito, o Geninho é tão bom quanto os outros e quis trabalhar no Corinthians", falou Angioni, que também procurou Nelsinho Baptista, do São Caetano.

A "solução rápida" da MSI foi motivada pela pressão dos cartolas corintianos, que exigiram a contratação imediata de um treinador após a derrota para o São Paulo no último domingo. A estratégia de Kia era esperar o fim da Copa do Mundo para voltar a insistir em Scolari ou até mesmo em Carlos Alberto Parreira.

Geninho, que será apresentado na próxima terça, inicialmente recusou o convite feito pela MSI no início da semana. Ontem, porém, foi liberado pelo Goiás, seu ex-clube, para negociar com os corintianos. "Eles entenderam o meu momento profissional de voltar ao eixo Rio-São Paulo", disse o treinador à Sportv.

O próprio treinador admite que vai assumir um time sem sua principal estrela atual. Geninho disse que Kia dá como certa a volta de Mascherano após a Copa, mas Tevez, que teria uma oferta milionária, deve ser negociado.

Geninho levará para o Parque São Jorge sua comissão técnica --um auxiliar, um preparador de goleiros e um preparador físico. Ele assegurou, porém, a permanência de Braga. O preparador físico Fábio Mahseredjian e o preparador de goleiro Flávio Tenius, porém, podem deixar o clube.

Antes de assumir o Corinthians, Geninho comandará o Goiás contra o Vasco, no próximo domingo. Sua estréia na nova equipe ocorrerá também contra o time de São Januário, no dia 21.

Diz estar mais "maduro" em relação a 2003, quando naufragou com o time na Libertadores. "Procurei me tornar um profissional melhor. Nunca fui um técnico de fazer lobby, sempre apareci pelo meu trabalho. Minha passagem pelo Goiás foi muito boa", disse ele, que terminou em terceiro lugar no Brasileiro-2005 e levou o time à Libertadores --caiu, assim como o Corinthians, nas oitavas-de-final.

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