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21/05/2006 - 10h00

Nutricionista veta culinária alemã na seleção brasileira

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SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio

Os jogadores da seleção brasileira serão proibidos de comer os principais pratos da gastronomia alemã. As famosas salsichas e as carnes como o kassler (costela de porco) e o eisbein (joelho de porco) estão fora do cardápio elaborado pela nutricionista Silvia Ferreira.

A recomendação será mantida inclusive nos dias de folga. A comissão técnica deverá liberar os jogadores dos treinos no dia seguinte a cada jogo. Hoje à noite, o técnico Carlos Alberto Parreira e parte dos convocados viajam à Suíça, onde iniciarão a preparação para o Mundial na cidade de Weggis. "Esses pratos têm teor de gordura acima do que um atleta deve consumir. Nosso cardápio será de alimentação equilibrada para manter os atletas bem preparados", diz a nutricionista.

Silvia afirma que o cardápio da seleção privilegiará alimentos "calóricos e ricos em proteínas". "Os atletas precisam de comidas que dêem um pouco mais de energia por causa da atividade física e de produtos que ajudem a manter a massa muscular", diz ela, que trabalha no Flamengo desde 1984.

Carboidratos (massas, arroz e batata) e proteínas (carnes leite, ovos, iogurte, queijos) serão oferecidos em todas as refeições. Os atletas vão comer quatro vezes ao dia. Segundo ela, os convocados têm ótimos hábitos alimentares. "Eles consomem muita verdura e legumes", ressalta a nutricionista.

O lateral-esquerdo reserva Gilberto, do Hertha Berlim, adorou saber do veto aos pratos típicos alemães. "Não fará falta. Comida alemã tem muita carne de porco, não sou muito fã."

A nutricionista da seleção também tem uma preocupação em hidratar os jogadores.

"Como alguns chegam a perder até dois quilos por treino, vamos oferecer muito líquido", diz Silvia, que baniu os pratos nacionais preferidos dos boleiros --churrasco e feijoada.

"Nada disso entrará lá. Pode até acontecer em dias de folga, mas estão fora do cardápio", avisa ela, que trabalha na seleção desde 2001, quando a equipe era comandada por Leão.

Silvia não viajará com a delegação. Ela ficará no Brasil e entrará em contato diariamente com o cozinheiro contratado.

A distância pode ajudar os jogadores a burlar a dieta. Em 2001, na Copa América da Colômbia, o elenco comemorava as poucas vitórias com churrasco e "feijoada gaúcha" em Cali.

O cardápio era definido pelo então presidente da federação gaúcha, Emídio Perondi, que era o chefe da delegação.

A feijoada é assunto tabu na seleção. Em 1994, a nutricionista Patrícia Bertolucci abandonou a equipe após ter vetado, sem sucesso, feijoadas durante a estadia do time nos EUA, país que abrigou a Copa. A decisão gerou crise antes da viagem que rendeu o tetracampeonato mundial à seleção.

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