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21/05/2006 - 11h00

Esquema de Parreira assusta os quatro zagueiros da seleção

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FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo, na Alemanha

Quatro jogadores ressabiados compõem a delegação da seleção brasileira que embarca neste domingo à noite para a Europa em busca do sexto título mundial. A preocupação é a mesma: a sobrecarga da defesa com a escalação do "quadrado mágico".

Eles entendem do assunto. São os quatro zagueiros eleitos por Carlos Alberto Parreira para jogar a Copa da Alemanha.

No país-sede do Mundial que começa em 19 dias, a Folha esteve com os titulares Juan e Lúcio. Pelo telefone, falou com os reservas Cris e Luisão. Colheu declarações convergentes: todos estão resignados com o esquema ofensivo implementado pelo técnico desde março do ano passado, mas alertam para a exposição da defesa e recomendam muito treino e muita conversa nos próximos dias.

Dos 23 convocados na última segunda por Parreira, 15 saem do Brasil, hoje, com destino à Suíça, onde a seleção cumprirá a primeira parte da preparação para o Mundial. Na segunda, em Weggis, com a incorporação dos atletas que continuaram na Europa após os torneios nacionais, o grupo ficará completo.

Os primeiros testes serão na terça. E, se dependesse de Lúcio, único dos zagueiros que não voltou ao país ao fim da temporada, a prioridade seria uma só. "A sobrecarga vai acontecer porque o time está muito ofensivo. Então vamos ter que treinar bastante, cobrar do pessoal ali do ataque e do meio para ajudar na marcação. Senão vai atrapalhar", disse, no CT do Bayern de Munique, o jogador que atuou como titular em 2002, na Coréia e no Japão, na conquista do penta.

O "pessoal" a que ele se refere são Emerson, Zé Roberto e os badalados integrantes do quadrado mágico: Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano. Desde março do ano passado, contra o Uruguai, pelas eliminatórias, Parreira vem procurando armar a equipe com dois meias ofensivos mais dois atacantes.

Fruto de contusões, de folgas concedidas e de opções do técnico, os atuais donos das posições, porém, só atuaram juntos uma vez: pelas eliminatórias, nos 3 a 1 sobre a Venezuela.

"O quadrado sobrecarrega a defesa, claro", disse Juan, em Colônia, onde mora, antes de viajar para descansar no Brasil.

Para Cris, do Lyon, a questão é matemática. "Quanto mais atletas na frente, mais difícil fica para a defesa." O outro reserva, Luisão, do Benfica, o mais jovem e inexperiente entre os zagueiros da seleção, deixa a pouca rodagem com o time nacional de lado e é direto no diagnóstico. "É complicado para quem está lá atrás."

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